– São 7 da manhã, não dormiu ainda?
– Não, fiquei lendo o Thompson, um ensaio delicioso onde ele faz um inventário do processo de disciplinamento da força de trabalho logo na transição pro Capitalismo. É incrível ver como foi imposta e como é antinatural a rotina de trabalho marcada pelo relógio, a obediência, o apreço pela pontualidade, enfim, a ideia do tempo é dinheiro. Fiquei pensando como é subversiva essa minha mania de trabalhar de madrugada.
– Mas esse texto é de que ano? Porque teve uma certa altura que o Capitalismo inventou o terceiro turno, não é? Passa Palavra
PARODIANDO BRECHT, COM REVÉRBERO FOQUISTA:
O que é ler Thompson, comparado a empunhar uma Thompson?
P.S.: Há quem prefira Kalashnikov…