Um rapaz invade a sala de um grupo de estudos, logo em seguida confessa não ter lido o texto proposto e nem conhecer a autora em questão, mesmo assim defende sua opinião por ter “lugar de fala”. Sai com ar vitorioso após o lacre. Sobre as mesas restavam cópias do mais célebre escrito de Gayatri Spivak. Passa Palavra

2 COMENTÁRIOS

  1. COMPETÊNCIA versus DESEMPENHO
    Há falar e há dizer. Mas há um falar sem dizer, meramente performático, autotélico, narcísico; um desempenho sem competência, que se compraz em ignorar (olimpicamente?) a relação eu&tu, pressuposta e confirmada no sujeito trans[in]dividual (aka : NÓS) ou agenciamento coletivo de enunciação.
    Quando nada se tem a dizer, o simples falar – por mínimo que seja – é já um excesso: é jogar conversa fora. Lugar de fala é só mais um ideologema – entre tantos, no atual interregno – da ascensão da insignificância ao império da desfaçatez…

  2. Quem pode falar? Quem pode falar, passa palavra… mas há os que falam, “sem dizer”…. esses são “neo-sorelianos”… esteticamente neo-sorelianos e com toda a contradição e “lugar de fala” que Sorel pode oferecer…

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