Por Bancário Anônimo

Sexta-feira, 25 de maio de 2018. O Banco do Brasil anuncia corte na quantidade de escriturários de cinco grandes dependências internas, estabelecendo para dezenas de escriturários (o cargo-base da profissão bancária) a remoção compulsória para uma seleção de agências pré-definidas por estarem excessivamente sobrecarregadas com a falta de funcionários. A escolha de qual dessas agências ir teria que ser feita pelos escriturários em até 3 dias; um desrespeito que ignorava os planos de vida, as dificuldades de deslocamento, além do envelhecimento e adoecimento crônico de alguns funcionários dessas dependências.

Essas 5 dependências internas afetadas eram CENOPs (centro operacional, que realiza sobretudo serviços de retaguarda para dar suporte às agências) e CESUPs (setores que tratam de questões de infraestrutura, como licitações, administração de contratos, administração predial etc.), departamentos de trabalho burocrático interno. A maioria delas localizadas no edifício São João que é a maior concentração de bancários do Banco do Brasil no município de São Paulo hoje, sendo um local com longo histórico de lutas na categoria, com a sede principal do sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região localizada no Edifício Martinelli, que fica literalmente ao lado do edifício São João. Essa região, entorno de ruas como a Boa Vista e a Libero Badaró no centro velho de São Paulo, já foi o centro financeiro da capital e ainda hoje concentra boa parte de suas principais instituições.

Indignados com essas remoções, alguns bancários, entre eles delegados sindicais ligados aos diferentes setores que fazem oposição ao sindicato cutista, se reuniram, depois cobraram posicionamento tanto da gestão das dependências afetadas quanto da diretoria do sindicato e, junto a diretores do sindicato oriundos do funcionalismo do Banco do Brasil, marcaram um protesto para o dia 28/05.

Importante lembrar que os acontecimentos aqui narrados se deram de forma simultânea à greve nacional dos caminhoneiros, que começou no dia 20/05/2018, e já era na altura da primeira paralisação aqui narrada um tema constante nos programas televisivos e nas conversas entre os trabalhadores, o que foi um elemento importante para a mobilização. Essa mobilização se deu em torno de um capítulo pequeno das reestruturações constantes que têm aumentado a exploração dos funcionários do Banco do Brasil nos últimos anos, com o fechamento de 563 agências só em 2017, diminuição de 7760 funcionários num plano de aposentadoria antecipada no fim de 2016, além da reestruturação do funcionamento de diversas dependências do banco, com milhares de descomissionados (perda do cargo) e remoções compulsórias ocorridas de forma espaçada durante os últimos anos. O Sindicato dos Bancários, por conta de um acordo bianual assinado na última campanha salarial, não fez greve pautando as reestruturações em 2017. Importante falar que essa mobilização se dá num clima de preparação da nossa campanha salarial, cujas negociações com a patronal já se iniciaram mais cedo por causa da reforma trabalhista. A greve desse ano começa no fim de julho ou início de agosto. As ações aqui descritas são a única mobilização significativa de enfrentamento às reestruturações do último período, feita pela base dos trabalhadores.

1º paralisação do Edifício São João

No dia 28/05, a partir do meio dia, efetivou-se uma paralisação com algo em torno de 300 bancários, sem piquete, no edifício São João. Muitos dos paralisados tinham cargos comissionados (engenheiros, assistentes, analistas) e, portanto, nem sequer seriam diretamente afetados pelas remoções compulsórias, mas se solidarizavam com os colegas afetados, alguns temendo mesmo perder seus cargos em uma futura reestruturação, como tem ocorrido no último ano. A mobilização teve uma força raramente vista fora dos períodos de greve. Tal mobilização foi construída pelos trabalhadores e militantes dos grupos de fora da direção cutista do sindicato. A agitação enfatizava a necessidade de novo concurso público para descongestionamento das agências e departamentos, se posicionando ativamente para construir a mobilização contra as remoções compulsórias que têm sido prática comum nas constantes reestruturações no banco.

Os diretores do sindicato, mesmo tendo participado da paralisação, foram contra que o ato se efetivasse enquanto paralisação – como ocorreu – e também não haviam construído de antemão a mobilização, entregando durante ela apenas materiais referentes a defesa dos bancos públicos. Durante a paralisação houve conflito com a direção do sindicato na assembleia, sobre se deveriam estender a paralisação até o fim do dia e se realizariam um novo dia de paralisação. A diretoria do sindicato era contra a continuidade da paralisação e propunha apenas, como continuidade da luta, que os funcionários fizessem “um dia vestidos de preto” de protesto contra as remoções. A diretoria do sindicato ganhou pelo encerramento da paralisação (que durou pouco mais de uma hora), apesar de muitos protestos, mas não conseguiu impedir que os trabalhadores marcassem uma nova data de paralisação para o dia 30/05, quarta-feira.

2º Paralisação do Edifício São João

Nos dias que antecederam a paralisação do dia 30/05, diretores do sindicato fizeram passagens e reuniões nas dependências afetadas para desmobilizar a futura paralisação. No diálogo com os funcionários cumpriram um papel de advogados da patronal, sustentando que o Banco do Brasil tinha o direito legal de promover remoções compulsórias; que, portanto, se mobilizar contra isso não serviria para nada; que a mobilização anterior teria sido completamente inútil; que na conjuntura econômica atual é impossível o banco fazer novos concursos etc. Foi gritante a insensibilidade da direção do sindicato neste momento, havendo relatos de conversas com colegas mais velhos e adoecidos que seriam muito prejudicados pela remoção e por terem sido tratados com argumentos estritamente jurídicos que defendiam o banco. Enquanto isso, alguns trabalhadores e delegados sindicais continuaram o trabalho de mobilização nas dependências, e mandaram e-mail para a Dipes (recursos humanos) tentando viabilizar um canal alternativo de negociação que passasse pela diretoria do sindicato mas também pelos delegados sindicais.

No dia 30/05 ao meio-dia se realizou uma nova paralisação, com quase 200 participantes, sem piquete. A quantidade de paralisados acabou sendo um pouco menor que na mobilização anterior por conta da ação da diretoria do sindicato, somada à maior pressão por parte da administração do banco. Nessa paralisação a animosidade entre diretores do sindicato contra trabalhadores e bancários militantes de oposição foi bem maior, havendo gritaria, vaias, xingamentos e até bolinhas de papel atacadas contra diretores do sindicato. Os diretores do sindicato presentes (Ernesto, João Fukonaga e Davi) monopolizaram o microfone da assembleia, o que gerou grande descontentamento dos trabalhadores. Eles quiseram impedir que se votasse novas mobilizações, passando a fala apenas para a presidenta do sindicato encerrar a mobilização, o que provocou um racha na assembleia. A parte da assembleia que continuou depois desse racha deliberou uma nova paralisação, com piquete e pela manhã para o dia 04/06, terça-feira. Chama a atenção a grande adesão dos trabalhadores à proposta, mesmo sendo enfatizado que seria provável que houvesse represálias, como o registro de falta injustificada no ponto. Por outro lado, o prazo para as remoções foi estendido pelo banco para sexta, 08/06, dando um folego aos trabalhadores, como uma vitória parcial do movimento.

3º Paralisação do Edifício São João

No dia 04/06 foi realizado um piquete das 7h até as 10h da manhã no edifício São João. A paralisação afetou mais de mil trabalhadores bancários do prédio, deixando apenas os terceirizados entrar. Não houve nenhum atrito por parte dos trabalhadores em relação ao piquete, que inclusive aprovaram, em assembleia no local, que a paralisação continuasse até as 10h, o que mostra a boa disposição dos trabalhadores em relação a justiça da mobilização, ressaltando que neste dia todos estavam sob a observação desencorajadora das chefias que também foram paralisadas pelo piquete. O piquete foi realizado por bancários articulados junto às forças políticas que atuam na oposição ao sindicato (a saber: o coletivo Retomada Bancária, Intersindical; o coletivo MNOB – Movimento Nacional de Oposição Bancaria ligado ao PSTU; e militantes do Resistência, antigo MAIS, atual corrente do PSOL) sem nenhuma participação da diretoria do sindicato, apesar da massiva paralisação ser visível das janelas da sede do sindicato. Essa foi a primeira grande paralisação fora do período das greves da campanha salarial realizada nos últimos anos. A última paralisação realizada com protagonismo de setores fora da direção do sindicato teria sido em março de 2013 e ainda assim havia contado com a presença ativa dos dirigentes petistas.

O piquete terminou com uma assembleia onde se aprovou de forma vaga apenas a “continuidade da luta contra as remoções compulsórias e as reestruturações que desrespeitam o trabalhador”.

Diretores do sindicato fizeram de forma simultânea à paralisação no Edifício São João um ato-panfletagem somente com diretores sindicais na Gepes, prédio em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil, responsável pela gestão de pessoas. Tal ação não serviu nem sequer para mascarar a perda de controle temporário da diretoria do sindicato sobre o movimento.

A não participação do sindicato no piquete do dia 04/06 causou um mal-estar profundo em alguns setores da oposição, que temiam maiores atritos com a diretoria do sindicato, e expressaram isso através do discurso da perda da unidade. Nesse momento, não deixa de ser curioso ver como diversos grupos que reivindicam origem bolchevique, e que sempre têm um discurso sobre a necessidade de construir uma alternativa à direção das lutas, ao se verem concretamente colocados num processo de direção de uma luta concreta, tenham ficado extremamente desconfortáveis e terem literalmente proposto encerrar, justamente nesse momento, o processo de luta. Deve-se dizer também que alguns grupos de oposição focavam suas atenções no Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, que se iniciaria naquela semana, dia 07/06, reunindo as direções dos sindicatos de bancários de todo país para deliberar as pautas específicas do Banco do Brasil na campanha salarial. O congresso seria seguido no fim de semana pela Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF-CUT), espaço que define a pauta da campanha salarial para o conjunto dos bancos públicos e privados. Os militantes de base ou de oposição são uma ínfima minoria nesses espaços altamente burocratizados da cúpula petista. A proximidade desses congressos é um fator importante pra entender o comportamento dos diferentes setores.

A repercussão das paralisações do Edifício São João no Congresso Nacional do Banco do Brasil e a última mobilização no prédio da Compe

Da paralisação do dia 04/06 até o Congresso, os diferentes setores mobilizados não tiveram respostas. Um diretor do banco respondeu informalmente aos setores mobilizados que já havia negociado as remoções com o sindicato e que o assunto já estava encerrado. Se no início da paralisação as respostas dos trabalhadores estavam sendo rápidas – apesar do clima para mobilização continuar quente –, agora, os grupos organizados já não conseguiam decidir em avançar em novas propostas de mobilização, e de fato não deliberaram nenhuma nova ação. Realizando apenas uma panfletagem posterior às remoções terem se consumado, fizeram um balanço positivo do movimento, como primeira mobilização de resistência às reestruturações e de preparação para a campanha salarial desse ano.

Ainda antes do congresso houve um incidente com um diretor do sindicato. Em uma visita a uma das dependências mobilizadas, ele fez um discurso condenando a paralisação do dia 04/06 como uma manobra da oposição só para aparecer, uma bagunça feita irresponsavelmente, acusando a mobilização na São João de parecer um programa da Márcia Goldsmith (antiga apresentadora do programa de TV “Casos de Família”). Tal afirmação teve uma repercussão bastante negativa entre as trabalhadoras, sobretudo pelo fato de todas as principais figuras militantes dos diferentes setores envolvidas no processo de mobilização serem mulheres. A fala machista do diretor do sindicato veio a ter bastante repercussão nos grupos de Whatsapp dos bancários.

No dia 07/07, no primeiro dia do Congresso Nacional do Banco do Brasil, apesar da mobilização da São João ter sido um tema constante nas conversas – inclusive com a distribuição de um panfleto feito pelo PSTU sobre o assunto –, o tema só apareceu em plenária ao fim do dia, com a fala de uma diretora do sindicato anunciando vitória do movimento, que eles teriam negociado com o banco e conquistado a suspensão das remoções compulsórias e saudando uma mobilização na COMPE – dependência também afetada pelas remoções compulsórias que fica na Vila Clementino – que havia ocorrido no mesmo dia a partir de muita pressão da base e com a participação de diretores do sindicato. Neste último caso, por ter sido feita com estrito controle da direção do sindicato, foi celebrada como exemplo de mobilização que mantém a “unidade” da luta.

Essa vitória na realidade foi apenas a negociação de um ajuste no prazo das remoções através de meios jurídicos, como se descobriria depois. Na prática tal anúncio apenas gerou mais confusão entre os trabalhadores removidos, grande parte deles iniciando o trabalho na nova dependência já no dia seguinte. Avanço concreto se obteve depois, ao conseguir barrar alguns casos específicos de remoções compulsórias de bancários mais velhos e adoecidos, que de fato estavam incapacitados para o trabalho em agências. Ainda assim, essas pequenas vitórias só vieram através do empenho de valorosas militantes de base.

É ainda interessante registrar o que aconteceu no fechamento do Congresso do BB no dia 08/07. Já na finalização do congresso, quando se estava votando as moções finais, a diretoria do sindicato de São Paulo apresentou uma moção em que repudiava o movimento que aconteceu no Edifício São João, classificando a mobilização como feita por minorias sectárias, raivosas, irresponsáveis e oportunistas. Comandado por verdadeiros agentes do “golpe de estado” que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, atuavam de formar a prejudicar os interesses do trabalhadores e do Banco do Brasil, que estariam se filiando às ações tramadas pelo imperialismo para desestabilizar as organizações dos trabalhadores como as “ações isoladas de junho de 2013”, como Lula e Dilma já haviam revelado, e mais tantos outros delírios que na hora só tiveram como reação provocar gargalhadas no conjunto dos setores da oposição.

É uma pena não ter conseguido pegar o escrito exato dessa obra de arte da difamação e do delírio burocrático, e aqui só se consiga reproduzi-la de forma muita imprecisa. A seguir, um delegado sindical ligado a diretoria do sindicato fez o triste papel de defender a moção, numa fala mais específica em que difamava e distorcia abertamente a mobilização no edifício São João – com um discurso que não vou me dar o trabalho de tentar reproduzir, mas que foi acompanhado de gritos indignados de alguns jovens da oposição que denunciavam as mentiras ditas. Logo em seguida a diretoria retirou a moção, descartando-a sem colocá-la em votação, mostrando que aquela cena era só um pretexto para centralizar sua base nacional em relação à perda temporária de controle do movimento que havia ocorrido nas últimas semanas. O congresso terminou bastante tumultuado pois foi apresentada uma moção da oposição contra o posicionamento machista de um diretor do sindicato – que descrevi anteriormente –, sendo que dessa vez a denúncia gerou um acalorado e longo bate-boca com muitas denúncias de machismo de ambos os lados.

Considerações finais

Essa mobilização marca uma virada significativa dos grupos que atuam no sindicalismo bancário por fora da direção cutista. Num cenário em que se aprofunda a fragmentação e a confusão nos grupos que atuam na categoria, destaca-se a emergência de um novo ator, o coletivo Retomada bancária, central nessas paralisações. Também mostra os limites do modelo de oposição sindical vigente, de disputa exclusiva dos espaços do aparato burocrático como meio principal de atuação no movimento. Mas também não consegue ainda, de fato, fazer frente à ação desmobilizadora da direção sindical, e ainda não é capaz de formular uma crítica a essa direção de forma a não apenas desacreditar o movimento.

A reação ativa dos bancários com essa mobilização aparece como um bom presságio para a greve e os futuros enfrentamentos que virão nessa conjuntura de ataques crescentes. Sem dúvidas as expectativas em relação à greve deste ano se elevaram. Uma ação radicalizada realizada totalmente por fora da estrutura cutista mostra a possibilidade de uma organização da greve para além da luta burocratizada vigente.

Registros da luta

Post do dia 07/06 do fim da luta: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1717363145168710.1073741829.1716234561948235/2119207208317633/?type=3

Post da paralisação do dia 04/06: https://www.facebook.com/retomadabancaria/posts/2117836285121392

Chamada para paralisação do dia 04/06: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1717363145168710.1073741829.1716234561948235/2117178675187153/?type=3

Post sobre o ato/paralisação da quarta, dia 30/05: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1716704701901221.1073741828.1716234561948235/2115718711999816/?type=3

Post da carta dos delegados sindicais contra as remoções compulsórias, paralisação do dia 30/05: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1717363145168710.1073741829.1716234561948235/2114680168770337/?type=3&theater

Post da convocação da paralisação do dia 30/05: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1717363145168710.1073741829.1716234561948235/2114207682150919/?type=3&theater

Post da paralisação do dia 28/05: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1717363145168710.1073741829.1716234561948235/2113603742211313/?type=3

Post da convocação pro dia 28/05: https://www.facebook.com/retomadabancaria/photos/a.1717363145168710.1073741829.1716234561948235/2113603742211313/?type=3

Nota da Intersindical sobre a paralisação do edifício São João: http://www.intersindical.org.br/2018/06/05/apesar-do-corpo-mole-da-atual-diretoria-do-sindicato-bancarios-no-banco-do-brasil-de-sao-paulo-enfrentam-as-remocoes-compulsorias/

Nota da oposição bancária do Distrito Federal sobre a paralisação do edifício São João: https://www.facebook.com/oposicaobancariabrasilia/photos/a.870355643033254.1073741826.870355566366595/1666240536778090/?type=3

Nota do sindicato dos bancários de Bauru sobre a paralisação no edifício São João: http://www.seebbauru.org.br/noticias/em-mobilizacao-historica-bancarios-do-bb-paralisam-complexo-sao-joao/

Posicionamentos do MNOB (movimento nacional de oposição bancária) do PSTU: https://www.facebook.com/BancariosMNOB/photos/a.131974664057068.1073741828.131799907407877/179061946015006/?type=3

Posicionamentos do Sindicato dos Bancários durante as mobilizações:
http://spbancarios.com.br/05/2018/por-concurso-publico-e-contratacoes-no-banco-do-brasil
http://spbancarios.com.br/05/2018/funcionarios-do-bb-pedem-mais-contratacoes-e-defendem-empresas-publicas
http://spbancarios.com.br/06/2018/bb-descumpre-compromisso-com-trabalhadores
http://spbancarios.com.br/06/2018/sindicato-cobra-mas-banco-nao-reve-transferencia-de-bancarios
http://spbancarios.com.br/06/2018/29o-congresso-dos-funcionarios-do-bb-ressaltou-unidade
http://spbancarios.com.br/06/2018/bancos-frustram-na-primeira-rodada-de-negociacao

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