“É inadmissível (a fome). Seja do ponto de vista da Constituição, seja do ponto de vista da Bíblia, seja do ponto de vista da DUDH. Então, eu queria provar que o pobre não era problema, eu queria provar que o pobre era a solução. E aí eu resolvei colocar o pobre no orçamento […] Eu pensava que a fome levava o povo à Revolução, não, a fome leva o povo à submissão. […] A gente percebeu que o povo pobre é o maior ativo que um país pode ter em qualquer parte do mundo. Na hora que ele entra na economia, na hora que ele vira um consumidor, mesmo que seja uma coisa pequena, quem vai ganhar dinheiro é a classe média, quem vai ganhar dinheiro é o comerciante, quem vai ganhar dinheiro é o empresário.” Luiz Inácio Lula da Silva (setembro de 2020, em entrevista ao canal Meteoro Brasil)
Lula (aka Nine Fingers) é talvez o mais camaleônico e autotélico dos ornitorrincos políticos, aquele cujo desempenho na cooptação e decapitação do que havia de mais radical -na acepção marxiana do termo- no movimento operário formado entre 1968 e 1980, tem sido ignorado ou subestimado pela rampante esquerda universitária (autonomistas[sic] inclusos).