Milhares de entregadores entram em greve na Turquia

O aluguel custa 3.000 liras… o salário mínimo é de 4.000 liras. Como você pode dar conta?

1

Por LabourNet

Turco com legendas em inglês.

1 min 2022

A inflação na Turquia está crescendo exponencialmente e as greves de trabalhadores estão se espalhando, do setor industrial e de logística até o de saúde. Desde o início de fevereiro de 2022, milhares de entregadores de comida que trabalham para a Yemeksepeti (de propriedade da Delivery Hero) estão fazendo greves e protestado por todo o país.

“O aluguel custa 3.000 liras… o salário mínimo é de 4.000 liras. Como você pode dar conta?”

Os entregadores receberam um aumento salarial de 17%, alcançando apenas o salário mínimo, e que não é o suficiente para pagar o combustível e outros itens cotidianos que se tornaram inacessíveis desde a crise cambial. Os patrões e a polícia reagiram violentamente aos protestos dos trabalhadores. Em Kocaeli, os trabalhadores da fábrica automotiva Farplas foram demitidos e violentamente atacados e presos pela polícia. Em um armazém do supermercado Migros, em Istambul, trabalhadores em greve foram demitidos e presos por protestarem. No início do mês, 2.000 trabalhadores, a maioria mulheres, de uma fábrica de meias protestaram contra os salários de pobreza e conquistaram um aumento salarial de 70%.

Entrevista da Yol TV
Equipe: Yol TV
Tags: Gig Economy

1 COMENTÁRIO

  1. Trabalhador 1: “O aluguel é 3.000 Liras. Como fica? O salário mínimo é de 4.000 Liras. A conta de luz é de 570 Liras. Calefação (aquecimento) é 700 Liras. Como fica? Não dá! Nós trabalhamos como cães até à noite. Está chovendo, nossas meias ficam encharcadas. Não há justiça. Eles nos veem, mas não descem aqui”.

    Trabalhador 2: “Eles nos pagam o salário mínimo por 8,5 horas, mas estamos o tempo todo em nossas motos. Não temos lugar para nos sentar, tomar um chá, sair e conhecer uns aos outros. Estamos de fora na chuva, no inverno e no verão. Não temos mais para onde ir, nós simplesmente continuamos a trabalhar”.

    Trabalhador 3: “Após a emergência da neve, o governador(?) disse que seríamos enviados para casa. Então eles deduziram 11 horas de nosso salário nos outros dias em que tínhamos trabalhado. Ou seja… não quero dizer… assédio moral… Mas pior que assédio moral”

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here