Por A Voz Rouca
A situação da escola Santi, administrada pelo Grupo Salta, chegou ao ponto do absurdo. Em plenas férias todos os professores tiveram seu salário calculado errado e o pagamento primeiro foi prorrogado para o dia 11. Depois de muita pressão dos professores, a escola voltou atrás e vai pagar no dia 06. Quem iria pagar as multas de aluguel, cartão de crédito e pagamento agendados até o recebimento do pagamento? É preciso denunciar esse tipo de abuso e desrespeito com a classe de professores que vive uma precarização intensa com o processo de integração da escola com o grupo Salta.
Os problemas começaram quando o R.H. da escola foi transferido para a matriz no Rio de Janeiro. O formato do holerite foi alterado e não foram esclarecidas as mudanças. Em janeiro os professores perceberam que o Grupo Salta havia padronizado a faixa salarial em 20 reais a hora, enquanto que o contrato na carteira apontava algo próximo de 70. Para compensar a Salta acrescentava uma linha no holerite de “apoio pedagógico”. Nessa bagunça horas extras e reuniões muitas vezes foram mal calculadas e também se tornaram mais difíceis de serem acompanhadas(discriminadas e lidas) pelos trabalhadores. Até agora esse problema não foi resolvido e mês a mês os professores não têm certeza se estão sendo pagos corretamente.
A precarização imposta pela Salta também mostrou suas garras tirando benefícios históricos do colégio como Plano de Saúde, licença maternidade estendida entre outros. Como se não bastasse todo problema no R.H. a Salta demitiu uma coordenadora bem no meio do semestre, alegando que a gestão tinha pessoas demais, enquanto o que se vê são coordenadoras sobrecarregadas e professores abandonados durante as aulas. Auxiliares e estagiários também têm sofrido com precarização, sendo contratados como parte do corpo administrativo.
A Salta é gerida pelo fundo de investimento Gera Capital Venture, e atualmente o seu CEO é Bruno Elias. A Salta , que tem esse singelo nome sugestivo, é a antiga Eleva, grupo que foi jogado no colo de empresa para empresa (kroton, cogna, somos, saber etc) e que agora jaz como empresa ligada ao empresário Paulo Lemann. Em seu site se gaba de ser a maior empresa de educação do Brasil. Mas não consegue pagar corretamente o salário dos professores e precariza as condições de trabalho. realmente faz juz ao seu nome: assalta!