Por Charles júnior, Antônio Carlos e Pedro Seeger

“O crescimento do emprego na indústria se acelerou no país em seus primeiros três anos na Casa Branca, somando quase 500 mil vagas”

 

O ovo vem antes ou depois da galinha?

Perguntinha simplória, né meus lindus? Mas, quando não se tem o arcabouço científico adequado, a coisa encrenca, nos detalhes da vida cotidiana, até os caminhos tortuosos dos donos do planeta e do modo de produção totalizante. Somos da posição que, para analisar a luta de classes mundial (entre as classes e intra burguesa), só economia política dos trabalhadores desvela com precisão os detalhes sórdidos do jogo[1]. Muito porque, ao contrário de nós, quem está jogando esconde bem suas cartas.

 

Nesses sete meses expondo nossa produção, uma das coisas que temos tentado apresentar é que quase nada nesse mundo organizado a partir do modo de produção capitalista é por acaso. Principalmente a escolha do gestor do Estado nacional burguês mais poderoso na produção de mais-valia e de armas que já existiu. E, principalmente, que o momento da economia mundial é delicado, que ainda não há crise nos EUA e que quando ela chegar não será um raio caído em céu azul ou devido a atividades “políticas” do seu gestor, mas sim de superprodução de valor.

 

Há uns meses pontuamos as promessas de Trump e adiantamos que a burguesia local não estava nada interessada em algumas insanidades. Convenhamos, ele é um bom artista, entretanto os entraves da economia reguladora do planeta são uma coisa muito séria para aventureiros e isso ele não é. Mas Donald, o Trump, sabe bem disso. A 1ª bala passou raspando, e sabemos bem que ajustes podem ser feitos. Mas, vamos ao que interessa, porque de louco e herói todo Trump tem um pouco, CHAMA!

 

Sim, as taxas, voltemos as taxas, essa novidade tão requentada. Vamos iniciar com um artigo do economista Rafael Cabral Maia para o Diplomatique, sobre a história econômica dos EUA[2]. Em sua conclusão, ele afirma que:

 

Os Estados Unidos são um país construído sim com ajuda da sociedade , dos imigrantes e dos empreendedores [aqui ele quer dizer trabalho, trabalhadores e muita exploração do homem pelo homem, sic], mas com muita participação do Estado e do orçamento federal e mais alinhamento prático com a visão econômica de Keynes do que com iniciativas governamentais de promoção do livre mercado.  

A confusão política atual assimilada pelo senso comum a respeito do alinhamento americano com a política neoliberal pode ser fruto tanto da propaganda exercida por FMI, Banco Mundial e pelo próprio governo dos Estados Unidos quanto à emergência de medidas de liberalização econômica nos países em desenvolvimento na década de 1980 quanto pela miscelânea de discursos equivocados que parte da liderança política mundial dissemina atualmente pelas redes sociais, cientes ou não dos fatos históricos da América e que em grande parte servem ao reforço da polarização entre aqueles que são pró-mercado e os que defendem maior participação do Estado, mas que em nada contribuem para o crescimento da reflexão econômica.”

 

Voltando um cadim no texto e na história, temos a seguinte constatação:

 

“… as barreiras tarifárias nos Estados Unidos visando à proteção de sua indústria nascente chegavam a 45% em 1820 e foram de até 48% em 1931 e só a partir de 1950, com uma indústria já desenvolvida e as forças geopolíticas e econômicas consolidadas, começam a diminuir…”

 

Em seguida, Rafael mapeia o histórico da interferência estatal na economia através das medidas de cada presidente norte-americano até Biden. No histórico nos mostra desde presidentes que ganharam as eleições com um discurso liberal anti-intervencionismo — Nixon e George Bush pai (que logo caíram na real iniciando a injeção de recursos), até os defensores da prática intervencionista.

O resumo da ópera é que desde Alexander Hamilton, o pai da teoria protecionista moderna e primeiro secretário do Tesouro estadunidense, entre 1789 e 1795, os EUA são protecionistas e intervencionistas, utilizam tarifas e incentivos em sua economia, ou seja, visando suas empresas e produtores rurais.

 

Vamos mais a fundo, só para mostrar que o nosso Travis Bickle da Casa Branca veio pronto para todo tipo de guerra: das tarifas, das narrativas, das bombas e qualquer outra que se apresente contra seu chamado: salvar seus chefes ou, pelo menos, tentar.

 

O 1⁠º reinado das Tarifas de Donald Travis Bickle, o Trump

As principais[3] promessas para inglês ver:

 

  1. O Muro na Fronteira: quem não lembra do muro na fronteira com o México! Até vaquinhas para o tal muro foram feitas.[4]
  2. Deportação de imigrantes sem documentos: sua taxa de deportação foi menor que a de Biden e de Obama.[5]
  3. Veto total aos muçulmanos: passou de veto a exame minucioso.
  4. Revogação e substituição do Obamacare.
  5. Distanciamento da OTAN.

Em levantamento minucioso, o site politifact.com levantou que Trump descumpriu 53% das promessas, efetuou parcialmente 23% e cumpriu integralmente 22% no primeiro mandato.

Agora vamos ao que foi pra valer, as tarifas:

  • Os EUA impuseram tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses em 2018. Pequim retaliou com taxas sobre US$ 110 bilhões em mercadorias americanas. A partir de junho, a taxa também mais que dobra — de 10% para 20% ou 25% — sobre US$ 60 bilhões em mercadorias dos EUA, a exemplo de cervejas, roupas e gás natural liquefeito. O governo dos EUA também quer exportar mais para conter seu elevado déficit comercial com a China (que em 2018 era de US$ 419 bilhões, já em 2024 de US$ 295,4 bilhões).

 

Das tarifas sobre as importações do México, do Canadá e da União Europeia.

  • O Canadá impôs tarifas sobre US$ 12,6 bi em mercadorias dos EUA
  • A União Europeia aplicou tarifas de 25% sobre US$ 2,8 bi em mercadorias dos EUA,
  • O México impôs tarifas de 25% sobre aço, carne suína, queijo, batata e maçã dos EUA,
  • A Turquia triplicou o imposto sobre produtos dos EUA, após os EUA dobrar tarifas sobre aço e alumínio.

 

E o resultado?

  • Uma análise feita pela CNBC sobre os dados do Departamento do Tesouro classifica a receita combinada de US$ 72 bilhões de todas as tarifas do presidente como um dos maiores aumentos de impostos desde 1993[6]. O 5⁰ maior aumento de imposto da história dos EUA.
  • Aumentos substanciais nos preços de produtos intermediários e finais, mudanças drásticas em sua rede de cadeia de suprimentos, reduções na disponibilidade de variedades importadas e o repasse completo das tarifas para os preços domésticos de produtos importados[7].
  • Após contabilizar a receita tarifária e os ganhos para os produtores nacionais, a perda agregada de renda real foi de US$ 7,2 bilhões, ou 0,04% do PIB. As tarifas de importação favoreceram setores concentrados em condados politicamente competitivos, e o modelo implica que os trabalhadores do setor comercializável em condados fortemente republicanos foram os mais afetados negativamente devido às tarifas retaliatórias[8]. Portanto, a incidência total das tarifas recaiu sobre consumidores e importadores domésticos até o momento, e nossas estimativas implicam uma redução na renda real agregada dos EUA de US$ 1,4 bilhão por mês até o final de 2018.

 

Mas há uns pequenos detalhes que ficam quase sempre de fora, o crescimento do emprego e da indústria, coisa simples:

«O crescimento do emprego na indústria se acelerou no país em seus primeiros três anos na Casa Branca, somando quase 500 mil vagas, mas os grandes beneficiados não foram os centros tradicionais, e sim os polos manufatureiros mais avançados, apontando para a difícil tarefa de “devolver a grandeza” para um setor em um mundo transformado pela globalização.

Por exemplo, dos 20 condados que registraram os maiores aumentos de 2016 a 2018, quatro são na Califórnia, quatro no Texas, dois na Flórida e três em Michigan, sendo o único pertencente ao chamado “cinturão industrial”, segundo análise do centro de estudos Economic Innovation Group.[9]»

 

Junto ao crescimento do emprego, o mais próximo que a economia dos EUA chegou de ultrapassar os patamares de produção pré-2008 foram com Trump. No gráfico abaixo selecionamos alguns indicadores de produção mais relevantes

O que pouco se considera é que os EUA não precisam trazer fábricas de volta, eles já as têm e precisam é mantê-las e ampliá-las: O “Rust Belt” (Cinturão da Ferrugem)[10], região histórica, localizada no Nordeste e Meio-Oeste, ao redor dos Grandes Lagos. Obama e Biden também priorizaram estas regiões e só se alçaram à Casa Branca a partir de promessas a esses trabalhadores e esses burgueses, além, claro, de manter as mesmas tarifas (James David Vance, o vice de Trump em 2025, é dessa região).

Os EUA são o 4⁰ maior produtor bruto de aço, atrás só de China, Japão e Índia. O Brasil é o 9⁰ e o 2⁰ que mais exporta para os EUA[11]. Matéria-prima direta em setores como defesa, infraestrutura, naval, construção e automotiva, a siderurgia é uma indústria estratégica e nos EUA tem um forte componente da composição da classe trabalhadora. Historicamente é um setor que aceitava trabalhadores pretos[12]. Ali os sindicatos têm peso e são bem corporativos. Há uma concorrência direta com a China. Já o Brasil exporta produtos semi acabados para serem finalizados nos EUA ou no México. Um dia, quem sabe, escreveremos um material específico sobre o tema. Por hoje, há um pouco disso em outro texto nosso.[13]

 

O segundo reino de Donald Travis Bickle, o Trump

Mais intenso e mais necessário

A promessa foi grande, o teatro maior ainda. No início do mandato, Trump coloca 10% de tarifa sobre os produtos chineses e o governo chinês retalia  com tarifas entre 10% e 15%[14]. No dia 02 de abril, Trump aplicou tarifas contra 185 países, dia que ficou conhecido como o “Dia da Libertação” [15] [16]

 

 

 

 

Após as bombásticas apresentações de tarifas por Travis, cravamos esta aqui:

“Ao contrário do que tagarela, Trump convidou Xi Jinping para sua posse, sinalizando um acordo entre cavalheiros. Muito porque, além da desvalorização das principais empresas, segundo a Bloomberg, esta simples medida pode reduzir a participação dos EUA no comércio mundial de 20% para 16% até 2028 e aumentar a inflação. E isto será impossível de ser aceito pelos reis das minas e das fornalhas.”[grifo nosso][17]

Poucos dias depois, Trump anuncia uma lista de produtos que não serão tarifados, como celulares, computadores, semicondutores, chips de memória, monitores de tela plana, etc. Beneficiando principalmente as grandes empresas de eletrônicos e tecnologia da informação, as chamadas Big Techs.[18]

Após o anúncio das tarifas, elas foram suspensas por 90 dias para realização de acordos bilaterais com os países. O prazo se encerrará em 9 de julho e até o momento (início de julho), somente dois acordos foram realizados.[19]

 

  1. Reino Unido: os EUA mantiveram uma tarifa de 10% sobre os produtos britânicos importados. O Reino Unido reduziu as taxas sobre os produtos americanos de 5,1% para 1,8%, além de ampliar o acesso dos EUA aos seus mercados.
  2. China: o tratado determinou uma taxa de 10% da China sobre os produtos americanos; e uma tarifa de 55% ao que os EUA importam dos chineses. Também suspendeu as tarifas de softwares de design[20]
  3. Brasil[21]: sem acordo firmado, Trump anunciou nesta quarta-feira, 9, “tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. As tarifas passarão a valer a partir do dia 1º de agosto[22].
  4. “Argélia, Líbia, Iraque e Sri Lanka divulgou a taxa de 30%, 25% sobre produtos de Brunei e Moldávia e uma taxa de 20% sobre produtos das Filipinas.[23]

 

E mais recentemente o governo americano anunciou a elevação das tarifas sob o aço e o alumínio de 25% para 50%, sendo os principais atingidos Brasil, México e Canadá.  As importações de aço e alumínio representam 25% e 50% do total consumido nos EUA, respectivamente. As tarifas na importação de alumínio e aço tem uma importância política fundamental tratadas acima[24].

Resumidamente, o anúncio de Trump marcou somente uma nova negociação das tarifas de importação para seus setores estratégicos. Proteger suas indústrias estratégicas para fora da crise que se avizinha, nada de novo para a maior democracia do mundo.

 

O que pode e o que não pode

Podemos sintetizar que as tarifas estão direcionadas principalmente a alguns setores da economia americana, em suas principais cadeias de produção,  além do objetivo mais geral  de arrecadar  divisas  para diminuir o déficit do orçamento. Elas visam proteger setores da economia, como as indústrias produtoras de bens não duráveis e a siderurgia, que contribuem para a governabilidade interna e o projeto político do MAGA.

Não nos enganemos com vai e vem dos cassinos apelidados de bolsas de valores, com o desespero de quem foi taxado e sobre a qualidade dos economistas estadunidenses. O presidente do FED, Jerome Powell, tem seu valor e Trump não escolhe seus assessores na esquina de casa. Eles sabem que o trem vai estourar mais dia menos dia e a tentativa é uma retomada da economia após exportar a crise para o resto do mundo ou, no mínimo, uma aterrissagem regulada. Dissemos tentativa!

Argumentos que mecanicamente imputam a política protecionista, o inchaço de setores industriais, ineficiência, aumento dos custos e perda de competitividade caem por terra[25]. Muito porque, a concorrência no maior mercado do mundo (25%) é brutal o suficiente para impor avanços tecnológicos em toda cadeia global e potencializar a acumulação de capital. Outra política que tem ajudado é o arrefecimento do “strong dollar[26][27]”: encarece os preços dos concorrentes estrangeiros e barateia os preços dos que vão exportar. É o salve-se quem puder, protecionismo econômico e exportação da crise, que tem dado certo para os EUA (lembremos dos dados da Europa penúltimo material[28]) e arrefecido o momento de baixa que estão.

É o fim da globalização? Por que isso é tão impossível? Esse tudo ou nada nos parece sensacionalista.  A globalização foi a resposta encontrada para saída da crise cíclica na década de 1970. Será o fim de uma era? Mais provável que seja a adaptação para uma nova, muito porque o capitalismo se renova para tentar suplantar os patamares de acumulação de Capital do ciclo anterior. A exemplo, a Índia havia conseguido satisfazer 18% da demanda global por iPhones no início deste ano, dois anos depois que a Foxconn começou a fabricar os celulares no país. Até o final de 2025 a previsão é de que a empresa monte de 25% e 30% dos iPhones na Índia.

Ao que tudo indica, a China  já não é mais a queridinha dos capitalistas e a Índia aparece  como a nova vedete dos investimentos das imundas cadeias globais de produção, como já podemos ver no 2025 World Investment Report da United Nations20, tema que trataremos em breve:

 

A Ásia continuou sendo a principal região receptora, apesar de um declínio geral de 3% e uma queda de 29% nos fluxos para a China. O Sudeste Asiático se destacou, com um aumento de 10% nos países da ASEAN, atingindo um recorde de US$ 225 bilhões em IED. A Índia registrou um forte impulso nos investimentos em novos projetos, mesmo com uma leve queda no total de fluxos.

 

Nota: no dia de enviarmos este trabalhoso boletim, Travis Trump envia sua carta a vários governos. A do Brasil se destacou com tarifas de 50%, impactando 15% das exportações brasileiras, ou 2% do Produto Interno Bruto. Uma bela pancada em setores da siderurgia e do agro. Chamados de mafiosos e irresponsáveis pelo tabloide da CNI[29] a extrema direita no Brasil assistirá outro ganho de popularidade dos Keynesianos/pseudo-marxistas na campanha eleitoral para 2026, primeiro com a campanha por justiça social (jornada 6×1 e pela taxação dos “ricos”), agora com o nacionalismo, ou seja, “The tax”.

 

 

Notas

[1] O que não afasta a possibilidade do erro ou equívoco nas análises.

[2] https://diplomatique.org.br/protecionismo-deficits-e-intervencao-estatal-na-economia-dos-estados-unidos/

[3] https://www.politifact.com/truth-o-meter/promises/trumpometer/?ruling=true

[4]https://valor.globo.com/mundo/noticia/2025/02/11/ex-assessor-de-trump-bannon-se-declara-culpado-de-fraude-no-caso-de-muro-na-fronteira-com-mexico.ghtml

[5]https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/numero-de-deportacoes-sob-trump-e-menor-do-que-durante-administracao-obama/

[6]https://www.cnbc.com/2019/05/16/trumps-tariffs-are-equivalent-to-one-of-the-largest-tax-increases-in-decades.html

[7] https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/jep.33.4.187

[8]https://academic.oup.com/qje/article-abstract/135/1/1/5626442?redirectedFrom=fulltext&login=false

[9]https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54640224

[10]https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/cinturao-da-ferrugem-entenda-o-que-e-e-qual-a-importancia-dessa-area-dos-eua/

[11]https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/fernando-nakagawa/economia/macroeconomia/brasil-e-2o-fornecedor-de-aco-e-ferro-aos-eua-fatia-nunca-foi-tao-grande/

[12] Afinal, é um trabalho sujo e perigoso — para mais informações ler nossa tradução das memórias de Noel Ignatiev, Acceptable man [Homem aceitável], em https://passapalavra.info/2022/01/141818/) e também Hammer and Hoe: Alabama Communists during the Great Depression is a 1990 [Martelo e Enxada: Comunistas do Alabama durante a Grande Depressão], de Robin D. G. Kelley.

[13] Disponível em inglês em https://heatwavemag.info/blog/brazil-061825/

[14]https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/02/04/china-retalia-trump-e-impoe-tarifas-de-10percent-e-15percent-em-importacoes-de-produtos-dos-eua.ghtml

[15]https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/04/02/tarifas-reciprocas-veja-a-lista-de-taxas-cobradas-pelos-eua-por-pais.ghtml

[16]Um estudo da organização apartidária Tax Foundation calculou no ano passado que uma tarifa universal de 10% — que acabou sendo a conclusão de Trump pelo período de 90 dias — geraria US$ 2 trilhões em aumento de receita para os próximos 10 anos. https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/04/18/trump-tinha-5-metas-com-as-tarifas-ele-atingiu-alguma-delas.ghtml

[17]https://passapalavra.info/2025/02/155840/

[18]https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/04/12/trump-isenta-celulares-e-computadores-de-tarifas-reciprocas.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=canais&utm_campaign=g1

[19]https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/06/28/tarifaco-de-trump-a-dias-do-fim-da-tregua-eua-so-firmou-dois-acordos-comerciais-brasil-nao-e-um-deles.ghtml

[20] https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/eua-suspendem-restricoes-de-softwares-de-design-de-chips-e-etano-a-china/?utm_source=social&utm_medium=facebook&utm_campaign=macroeconomia&fbclid=IwY2xjawLTaS9leHRuA2FlbQIxMQABHpJqITlBSroCBPl0avnuggx_2Qmn3iU-LCuyLPCrTb9YNz2eEanSlA3Z0d8h_aem_VRxr7G-tqyEQxqXWFUta6A

[21]https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2025/07/06/brasil-e-eua-tentam-fechar-acordo-tarifario-antes-de-prazo-final-de-trump.htm e  https://www.estadao.com.br/economia/celso-ming/analise-trump-taxacao-50-brasil/

[22]https://www.estadao.com.br/economia/o-que-o-brasil-mais-exporta-para-os-estados-unidos-nprei/

[23]https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-07-09/trump-unveils-latest-tariff-rates-with-the-philippines-at-20?srnd=homepage-americas&embedded-checkout=true

[24]https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/06/04/tarifas-aco-e-aluminio-eua-impactos-brasil.ghtml

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/cinturao-da-ferrugem-entenda-o-que-e-e-qual-a-importancia-dessa-area-dos-eua/

https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/cinturao-da-ferrugem-eleicao-eua-importancia/

https://www.paulogala.com.br/a-historia-do-cinturao-da-ferrugem-nos-eua/

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54640224

[25]https://br.investing.com/analysis/trump-e-o-protecionismo-licoes-do-passado-e-implicacoes-para-o-futuro-200468840

[26]https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/06/25/dolar—2025.htm#:~:text=D%C3%B3lar%20acumula%20queda%20de%2010,o%20comando%20da%20Casa%20Branca..

[27]https://exame.com/invest/mercados/dolar-tem-pior-comeco-de-ano-em-mais-de-cinco-decadas-o-que-esperar-para-o-2o-semestre/

[28] https://revistachama.wordpress.com/2025/06/03/europa_doestadodebemestaraoestadodeguerra/

[29] https://www.estadao.com.br/opiniao/coisa-de-mafiosos/

4 COMENTÁRIOS

  1. Eu estava lendo o texto e ia comentar exatamente o que foi colocado na nota, ao final do texto. Já tem inúmeros comentaristas de esquerda, desenvolvimentistas e “marxistas” agradecendo ao Trump e seu tarifaço porque eles teriam favorecido uma unificação em torno dos “interesses nacionais” (seja lá o que isso for) e contra o “inimigo externo”. Afirmam também que isso foi um presente ao atual bloco no poder do Estado brasileiro, com potenciais ganhos eleitorais para o próximo pleito. O interessante é que fazem isso justamente no momento em que o governo ensaia uma retórica de luta de classes (nada mais oposto à ideia de luta de classes do que conceitos como “interesses nacionais” ou “inimigo externo”), embora na prática esse discurso seja uma convocação para o cumprimento da austeridade imposta pelo arcabouço fiscal. E para além desse jogo de palavras vazias, à esquerda e à direita, resta saber como as massas cada vez mais precarizadas de trabalhadores vão entender tudo isso.

  2. a esquerda, há tempo, substituiu a luta de classes pela geopolítica. Querem um lado pra chamar de seu.

    a esquerda democrática sindicalista, claro.

  3. Prezado, Igor
    Muito pertinente seu comentário, inclusive poderia ser um parágrafo do nosso texto, agradecemos a contribuição.
    Aproveitando o comentário, recebemos uma notícia que corrobora com o que falamos da índia, os trabalhadores estão lutando contra o ataque aos direitos trabalhistas :
    ” onde o governo alterou a lei. Agora, os trabalhadores podem ser obrigados a cumprir até dez horas diárias”
    https://radiopeaobrasil.com.br/greve-geral-na-india-une-milhoes-contra-ataques-a-direitos/

    Saudações

  4. Trump Driver

    《Somos da posição que, para analisar a luta de classes mundial (entre as classes e intra burguesa), só economia política dos trabalhadores desvela com precisão os detalhes sórdidos do jogo. Muito porque, ao contrário de nós, quem está jogando esconde bem suas cartas.》

    Donald Fredovich Trump, qual tipo de driver sois vós? Táxi, tax, controlador de dispositivo, software de comunicação…
    Ou?

    Mas ainda não é esta a questão. E sim: de qual fração intra-burguesa Trump é o trunfo?
    Como Elon Musk se equivocou em sua vã suposição de dirigir Trump pelo cabresto…

    Façam suas apostas. A roleta está girando. Do cume da torre do triunfo em Las Vegas o mundo se revela como um vasto cassino.
    Quem perde? Num jogo viciado, são sempre os trabalhadores a pagar a conta.
    Entre os ganhadores, quem supera a todos?

    Talvez já nem se trate mais disto. Pode ser que a carta escondida na manga seja tão só um último recurso para postergar um jogo desde sempre perdido.

    Como assim?

    Blefe, jogo duplo, jogo triplo, diversionismo, labirinto de espelhos… Hiper-normalização e meta-política.
    Nada é apenas aquilo parecendo ser. Quanto maior a suposta obviedade, mais se queda o oculto.
    O ardiloso prestidigitador atrái a atenção de todos para uma de suas mãos, enquanto a outra, à vista de todos, executa o truque.
    Do que se trata?

    O nome deste jogo é Guerra Nuclear. A definitiva destruição nada criativa de Capital Fixo e Variável, mas ainda assim incapaz de promover a reciclagem do Capitalismo.

    Uma parcela da classe dominante mundial se convenceu de sua capacidade de sair vencedora, enquanto uma outra permanece segura quanto a certeza de destruição recíproca.

    Chamem de volta seus pilotos! Ordem dada, ordem cumprida. E os aviões israelenses não bombardearam Teerã.
    Fredovich Trump e seu agente no Kremlin se falam por telefone. E horas depois Kiev sofre um devastador ataque russo.
    “Deixem Bolsonaro em paz!”. Vem na paz, tornozeleira eletrônica.

    Taxas, taxas, taxas! Então… só nos resta negociar. Não faça a guerra. Negócios, nada além de negócios.

    Como minimamente estabilizar a crise sistêmica do Capitalismo para ao menos procrastinar o armagedon?
    Um último moicano surtado conseguirá invadir a tiros o puteiro para resgatar a pureza violada e fazer a América grande novamente?
    Um happy end ainda é viável, mesmo sendo apenas o delirio final de um taxi driver agonizante?

    Na enigmática cena final do filme “Taxi Driver”, o que teria tão abruptamente chamado a atenção de Donald Travis Bickle, o Trump, ao este olhar para o espelho retrovisor do veículo?

    Ou foi só uma ilusão de ótica?

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