Com a mudança de procedimento da PM no Espírito Santo – que, segundo o Subtenente Lauzenei, “não está aqui para furar movimento nenhum” –, foi resolvido o problema da repressão policial aos movimentos sociais. Em dia de ato, é só juntar meia dúzia de senhoras em frente aos portões do quartel da Tropa de Choque. Passa Palavra
É situação complicada que as famílias dos PMs vivem pois pelo que leio se trata essencialmente de salários e bonificações atrasadas. O vídeo é um escárnio e apenas reforça o que todos sabemos: que os PMs se organizam e muito bem por fora das regras e leis que deveriam regular sua atuação. Tem gente que vai achar isso lindo, que é a base da polícia se mobilizando. Mas como sabemos bem que a polícia é cheia de contatos, o resultado na grande maioria das vezes é o que estamos vendo: uma proliferação de crimes realizados por meio das “zonas liberadas”, ou seja, alguns telefonemas para os criminosos “parceiros” e assim está garantido o sofrimento dos trabalhadores para mostrar a necessidade da polícia. Alguém tem dúvida de que os altos mandos não saem fortalecidos disso tudo, como a única mediação legítima para negociar com o Estado? Ou acham que eles vão tentar defender o Estado, corrupto e falido, ante seus subalternos?
O caso dos atrasos de salário e bonificações é o do Rio, no Espírito Santo a reivindicação é por reajuste, plano de saúde e condições de trabalho. Querem receber mais pelo serviço que prestam.
OTIMISMO CÉTICO
O lado bom da coisa é que, nessa ruptura hierárquica (ou será indisciplina consensual?), não há como emergir um cabo anselmo.