Numa noite de Setembro de 2009, passeava eu em Lisboa, nas docas entre Belém e Alcântara, e frente ao rio aberto como um imenso rasgão escuro deparei com um muro onde um conceptualista havia escrito em letras garrafais e bem alinhadas «Paisagem não tem dono» e por baixo, não fossem os turistas não perceber, «Landscape has no owner». Depois de um momento de surpresa, compreendi que já não era o Tejo que eu devia olhar, mas a parede onde se proclamava a minha liberdade de ver. Senti então que, em Portugal, a democracia estava bem instalada. Passa Palavra
Ó supérflua pichagem recente e fala-barato, Pequena banalidade onde a democracia se reflecte!