Márcia Jacintho, vítima da violência do Estado e militante pelos direitos humanos, sofre também a violência da saúde pública depredada

Hoje pela manhã, Márcia Jacintho, mãe de Hanry Silva Gomes de Siqueira, assassinado por policiais em 2002, sentiu uma forte dor muscular. Preocupada porque tem problemas crônicos de coluna, dirigiu-se imediatamente ao Hospital Municipal Salgado Filho (Meiér). Demoraram a atendê-la, tiraram uma radiografia e lhe deram uma injeção contra as dores. Entretanto, nenhuma das medidas ajudou muita coisa: as dores continuam fortes e o único ortopedista do hospital, que pode examinar a radiografia, está realizando uma operação. Como muitos outros pacientes, Márcia está largada em algum canto do hospital chorando de dor. O que está acontecendo com Márcia não é um caso isolado, mas ela, com sua experiência de luta por justiça, não quer ficar calada e quer denunciar a situação calamitosa da saúde pública também. Recentemente sua história de luta e dedicação recebeu atenção e homenagens por parte da grande imprensa do Brasil, mas isso não alterou sua realidade de moradora de favela, pobre e vítima de todo tipo de descaso e arbitrariedade por parte do Estado, que não é só a violência policial.

Amiga(o)s e companheira(o)s de Márcia estão procurando ajudá-la neste momento, mas ela faz questão de protestar e pede que toda(o)s que possam, inclusive a imprensa, telefonem para ela (9548-5903) para que ela denuncie essa situação.

Comissão de Comunicação da Rede

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