Por Invisíveis
As favelas do Rio de Janeiro já somam mais de 249 mortes por COVID-19, número maior do que muitos Estados do Brasil. Sem levar em consideração a subnotificação, que só foi corrigida por organizações de moradores. E esse número vem crescendo.
No Estado do RJ, tem 3 milhões de trabalhadores informais, dentre estes, 1,7 milhões trabalham sem CNPJ e por conta própria, segundo o IBGE. Esses estão junto com os trabalhadores que moram em favelas no Rio, que são 22,03% da população.
Segundo a pesquisa Data Favela, 70% dos moradores concordam em manter o isolamento para se proteger da COVID-19. Mas 60% não tem condições de manter alimentos por 2 semanas. 55% tem trabalho remunerado, 11% estão desempregados. A renda diminuiu para 80%.
Isso mostra as dificuldades em se manter em casa com o isolamento contra a pandemia, por condições DE RENDA E TRABALHO. Assim, mais de 44% usam de doações e ajudas para conseguir alimentos. Isso mostra importância e o CRIME QUE O GOVERNO COMETE ao dificultar o acesso ao AUXÍLIO EMERGENCIAL. Sendo que poderia ser expandido, num plano de Contribuição Emergencial sobre Altas Rendas.
Mas preferem dar auxílio para 3,9 milhões famílias mais ricas e para mais de 70 mil militares. E o programa de Manutenção de salários é destruído por patrões, pra DEMITIR EMPREGADOS. Ou suspender contratos, ou reduzir salários.
Nos bairros do Rio de Janeiro, os que tem maioria da população negra são os que tem maior mortalidade por COVID-19, como Campo Grande, Bangu, Realengo e Jacarepaguá. E 63% dos moradores de favela são negros, onde já houve mais de 249 mortes.
Isso mostra que a falta de política de rendas e salários para trabalhadores durante a pandemia, é uma forma de EXTERMINAR NEGROS E MORADORES DE FAVELA. Pra piorar, o governador Wilson Witzel pretende manter operações policiais. Descumprindo um acordo com movimentos de favelas, as operações foram realizadas DURANTE DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS BÁSICAS. Como foi o ASSASSINATO DE Rodrigo Cerqueira, no Morro da Providência. De João Vitor Gomes da Rocha, na Cidade de Deus. Além de João Pedro Matos Pinto, no Complexo do Salgueiro, na cidade de São Gonçalo. Além de 12 mortes no Complexo do Alemão.
É MAIS DO QUE NECESSÁRIO NOS MANTER VIVOS E SEM AMEAÇA DE OPERAÇÕES POLICIAIS! E com meios de vida, SAÚDE, com salário e renda garantidos.