O professor dava uma aula sobre o Brasil colonial e ironizou o pensamento português da época que não via problema em escravizar os negros africanos. O público não entendeu a ironia e ofereceu ao departamento denúncia de racismo supostamente cometido pelo professor. Não teve jeito, ele teve de ir prestar contas no pequeno tribunal, a reunião de departamento onde trabalha. Passa Palavra
Dois perigos mortais dos quais dificilmente se escapa:
– Superestimar o entendimento do interlocutor;
– Subestimar o poder da estupidez.
Há dois perigos ainda maiores:
1) subestimar o entendimento do interlocutor;
2) superestimar a própria inteligência.
ulisses, não entendi.
(é sobre o pequeno tribunal do FD?)
Certamente o maior perigo é superestimar a propria inteligencia.
Não assisti a aula do professor-réu, não sei mais desse caso do que isso que o FD traz, mas imagino que ele tenha dado alguma pista pra ironia que fez ou tentou fazer em torno da escravidão de negros africanos. (sei também que os cativos africanos eram considerados e ditos “resgatados”, mas não sei se a ironia envolveu isso)
Vocês acham que fazer ou tentar fazer uma ironia é superestimar a própria inteligência?
Eu acho que superestimar a capacidade ou habilidade pra fazer graça e ironia não é sinal de inteligência, nem é se achar inteligente, também é uma estupidez.
Por sorte esse professor acusado de racismo ainda teve direito a um julgamento, o que não aconteceu com o Samuel Paty, acusado de islamofobia e racismo e decapitado em 2020 na França.
Rodrigo O. Fonseca, você foi cirúrgico ao lembrar de Samuel Paty.