Por Invisíveis
Na sexta feira, dia 26 de julho, estudantes da UERJ ocuparam a reitoria depois de um protesto contra a assinatura da AEDA 038/2024 (Ato Executivo de Decisão Administrativa, feito por decisão executiva, que não precisa de votação pelo Conselho Universitário), pela reitora Gulnar. Apesar de discursar que pretende regulamentar a assistência estudantil, esse ato é DE ABOLIÇÃO ESTUDANTIL, excluindo mais 5 mil estudantes do acesso aos auxílios. Através de dificuldades burocráticas na seleção. Por exemplo: para ter o auxílio transporte, o estudante deve abrir mão do passe livre universitário e ter renda familiar per capita de ATÉ MEIO SALÁRIO MÍNIMO.
O problema começou quando as AEDAs do ex Reitor Ricardo Lodi (022/2021 para material didático, 059/2021 para Bolsas apoio para vulnerabilidade social, 025/2021 para auxílio alimentação e 054/2021 para auxílio creche) não vincularam as verbas deles ao orçamento da UERJ. Assim ficou a mercê de projetos considerados suspeitos de investigação, como o desvio de mais de 1 bilhão de reais. Depois disso, o governo do Estado cortou verbas e comprometeu os auxílios.
Estudantes são trabalhadores em formação. São o público e produto da UERJ. Assim, reduzem sua formação às demandas do mercado, que é a pouca exigência por trabalhadores qualificados, além de determinadas empresas de alta tecnologia. Ou retirar essa formação do setor público.
Da mesma forma que os estudantes e sua assistência para permanência, os terceirizados são tratados como secundários pela instituição universitária. Por isso os atrasos constantes, parcelamentos e ameaças de cortes. A condição é de precarização do trabalho. A situação vai além do corte de orçamentos. É da lógica de exploração capitalista, que enriquece empresas terceirizadas, burocratas e políticos enquanto retira direitos da classe trabalhadora. Como faz a empresa CONQUISTA na limpeza e vigilância, PRIME no bandejão, CNS nos elevadores. Por isso, é necessária a união entre esses setores, contra a exploração que sofrem na UERJ.
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