Ao descer a rua, viu uma sucessão de vitrines da Fnac celebrando o 25 de Abril com versos do Zeca Afonso. Cinco minutos depois, num lugar de grande afluência turística, um artista de rua cantava Bella Ciao em ritmo de rock com toda a assistência pulando. Quanto sofrimento, pensou ele, quantas mortes, quanto heroísmo, saberá esta gente do que se trata? Quando ia para casa, no metrô, sentou-se em frente uma cabo-verdiana com um blusa que dizia «Tarrafal. No stress zone». Estou morto, reconheceu ele. Morri. Estou definitivamente morto. Passa Palavra

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here