Por Passa Palavra
Desde a chuva que castigou São Paulo na última terça-feira, 10, e a ventania do dia seguinte, milhões de paulistas continuam sem energia elétrica. Em vários bairros da capital moradores estão há quatro dias sem luz. Além da demora para restabelecer o fornecimento de energia, funcionários que prestam serviço para a concessionária, a multinacional italiana Enel, foram flagrados cobrando propina para religarem a luz. Um funcionário foi preso em flagrante após cobrar R$ 2,5 mil de moradores para religar a energia no bairro da Vila Mariana. Diante do descaso, os protestos se generalizaram.
Na quinta-feira, um morador da Zona Oeste de São Paulo enviou uma mensagem em grupos de WhatsApp convocando os vizinhos para se manifestarem:
Familia, boa noite pra nois e um forte abraco
Aqui na minha quebrada nois ta indo pro terceiro dia sem luz, nois ta ligando de montão pra enel la e toda hora dão um prazo diferente, mas mó boqueta, tem gente que recebeu a previsão que o bagulho so volta na segunda, ta tudo muito incerto e nossa quebrada sempre passa por isso, sou residente aqui da Cohab Raposo Tavares, no km 19 da raposo, na zona oesteSe o barato num voltar ate amanha, nois ta se mobilizando pra fazer alguma fita aqui na rodovia
Quem puder colar, que for aqui da região e pa, da um salve, por gentileza
Na noite do mesmo dia, na Zona Noroeste, um protesto fechou a Rodovia Anhanguera na altura do km 19:
Mas foi na manhã de sexta-feira que os protestos se espalharam por toda a região metropolitana. No Grajaú, Zona Sul, moradores atearam fogo em pneus e bloquearam a Avenida Belmira Marin, principal via de acesso da região:
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No Marsilac e na Chácara Santo Amaro também houve protestos.
Em Santo André, moradores do Clube de Campo atearam fogo em pedaços de madeira e bloquearam a rua para protestar
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No Jardim Miriam, foram registrados pelo menos três protestos. Um na Rua Francisco de Alvarenga, outro na Av. Ângelo Cristianini e um terceiro na Av. Cupecê
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Na Zona Oeste, manifestantes bloquearam o km 23 do Rodoanel Mário Covas e a Avenida Escola Politécnica com barricadas:
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Na região central moradores do Bixiga também protestaram:
No momento em que escrevíamos esse relato, estavam em curso dois protestos na Zona Sul, um no Jardim Novo Horizonte e outro na Vila São José:
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Com as chuvas desta sexta-feira, o número de moradores sem luz voltou a subir. Segundo informações da concessionária Enel, 750 mil clientes ainda estavam sem luz. Às 19h30 eram 710 mil. A previsão para o final de semana é de mais chuvas e ventanias na região, o que pode agravar a situação e gerar novos protestos. Podem a água e o vento aumentar a chama da revolta?





