Uma das façanhas mais surpreendentes da resistência política no interior dos campos de concentração nazis foi a luta por manter relações com o mundo exterior, tanto dando como recebendo notícias. As obras de Eugen Kogon e de Hermann Langbein são esclarecedoras a este respeito. Segundo Langbein, no campo de concentração de Buchenwald foram tão numerosos os grupos de presos a conseguir receptores de rádio que, num relatório redigido logo depois da libertação, a direcção comunista da rede de resistência do campo queixou-se dos «ouvintes ditos selvagens», que a impediam de «estabelecer uma linha política clara a partir das notícias recebidas». Na opinião desses dirigentes comunistas, não havia suficiente monopólio da informação no universo concentracionário. Passa Palavra