“Sarajevo… invisível”, exposição e filmes, na Casa Viva
…chegando a qualquer nova cidade o viajante reencontra o seu passado que já não sabia que tinha: a estranheza do que já não somos ou já não possuímos espera-nos ao caminho nos lugares estranhos e não possuídos…
Italo Calvino, As Cidades Invisíveis
18h00
Abertura da exposição Sarajevo… invisível (roteiro: Marija Žoão von Secka)
18h30
La Resistenza Nascosta (A resistência escondida), de Francesca Rolandi e Andrea “Paco” Mariani (90’23”)
Documentário 2009. Versão original com legendas em inglês. Sarajevo 2008.
Dez histórias acerca do passado glorioso do New Wave Jugoslavo e da cena musical que surgiu nos últimos anos, cenário vivo composto por diferentes estilos musicais e diferentes formas de fazer frente à música popular “anti-cultura” que invadiu o país nos anos 90. Fragmentos escondidos, fragmentos visíveis, de um fenómeno em progresso, uma forma de resistência cultural que se espalhou recentemente por toda a Bósnia-Herzegovina.
20h00
Jantar com alguns petiscos bósnios: uštipce e sataraš
21h00
Halid Bunić, de Damir Janeček (30′) Documentário 2005. Versão original com legendas em inglês.
O Sr. Halid Bunić é uma grande figura do cinema ex-jugoslavo. Nasceu no cinema e passou toda a sua vida no cinema. Agora trabalha no Arquivo da Cinemateca de Sarajevo, onde já ninguém vai ver filmes…
A story about Queer Sarajevo Festival 2008, de Maša Hilčišin e Ćazim Dervišević (32′) Documentário 2009. Versão original com legendas em inglês.
O primeiro Festival Queer de Sarajevo (QSF) foi programado para decorrer em Setembro de 2008, na capital da Bósnia-Herzegovina, coincidindo com o mês sagrado muçulmano do Ramadão. A cidade da “tolerância e multiculturalismo” catalogou o QSF como uma provocação “panasca” e os seus organizadores como “escumalha activista importada”. O governo, subtilmente e verbalmente, hooligans e wahhabis, brutalmente e fisicamente, estavam do mesmo lado – contra o festival. A polícia estava algures no meio. O QSF foi inaugurado deixando uma dúzia de pessoas feridas. Embora não tivesse continuado, permanece aberto, questionando a própria natureza da democracia na Bósnia-Herzegovina.
Entrada livre.
casa-viva.blogspot.com
Praça Marquês de Pombal, 167 – Porto