«A lourinha é tua namorada?», perguntou-me o Parafuso depois da visita. «Não. A minha namorada é outra, já te disse quem ela é». Mas o Parafuso insistia. «Tu não gostas da lourinha? Não queres namorar com ela?». «Oh Parafuso», respondi eu, «ela tem namorado e eu gosto de outra». E o Parafuso andava às voltas pela cela e perguntava de novo. Até que, perante as minhas negativas, ele pediu: «Tu não te importas que eu bata uma punheta à conta da lourinha?». «Oh Parafuso», disse eu, sempre pronto a dar o que não me pertence, «está à vontade!». Não sabias quem a lourinha era e muito menos quem viria a ser, e eu tinha de dormir com os sapatos debaixo da cabeça para que tu não mos roubasses, mas nesse fim de tarde aprendi contigo, Parafuso − ladrão de rua, dezoito anos e mais de dez prisões − o que era a honestidade. Passa Palavra
Interessante. Recentemente, em um presídio baiano, um detento me contou que em dias de visita, quando a turma repara alguém indo mais que o normal ao banheiro, fica marcado para tomar muita porrada. Entende-se que a pessoa estaria se masturbando pensando nas mulheres, irmãs e filhas dos outros.