Na quinta-feira (13/05), milhares de pessoas foram às ruas, para lutar contra o aumento das tarifas do transporte público e mostrar mais uma vez que a população vai lutar até que a prefeitura e os empresários reconheçam sua derrota e recuem. Por Passa Palavra
Acompanhe a cobertura completa da luta clicando aqui.
Após o acorrentamento na sede do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), um ato reunindo milhares de pessoas (as estimativas variam de 4 a 7 mil manifestantes) encerrou o dia e a semana de mobilizações construída pela Frente de Luta pelo Transporte Público. Além de o acorrentamento ter conseguido uma repercussão maior do que o esperado, tivemos uma vitória concreta antes do ato: a entrega das planilhas de custo das empresas. Mas o mais importante foi que mesmo muito otimistas o ato superou nossas expectativas em número de pessoas e em termos de organização.
Para se ter uma idéia do tamanho da manifestação, na ausência de um som mais potente, realizamos assembléias com o uso de jograis nas paradas da manifestação. No começo tentamos fazer uma única assembléia, mas o ato era tão grande que era impossível, e aí tivemos que fazer duas assembléias simultâneas. O pessoal da comissão de segurança que circulava pela manifestação chegou a demorar 30 minutos para atravessar o ato de uma ponta à outra. Era impressionante!
Apesar da evidente maioria estudantil, vimos o pessoal dos morros e de associações comunitárias, além de trabalhadores comuns, que atenderam ao chamado. Durante a semana começamos os contatos com as associações comunitárias e a maioria delas se mostrou disposta e já começou a fazer o trabalho de mobilização nos bairros, o que traz a expectativa de que na semana que vem esse pessoal esteja ainda mais presente nos atos.
Na próxima quinta-feira (20/05) teremos também a paralisação dos servidores municipais, que fazem um ato pelo centro durante a tarde e devem engrossar nossa manifestação em seguida.
O ato foi bastante descontraído, apesar da tensão em alguns momentos e da presença massiva de P2 (policiais à paisana). Fizemos diversas intervenções durante a manifestação e o clima era muito bom.
Foi incrível o grau de coesão da manifestação. Todos se sentiam responsáveis pelo ato, ajudando na segurança e colaborando com o pessoal da organização. Era muita gente, muita coisa pra ser definida, enfim, foi uma experiência incrível!
No final, após retornarmos ao Terminal do Centro (Ticen) fizemos uma assembléia para definir se o ato se encerraria ali ou se prosseguíamos com ele. Após votação, a proposta de dispersar o ato e engrossar as manifestações da semana seguinte venceu, mas o pessoal que saiu derrotado na votação passou por cima da deliberação e ocupou o terminal. Um manifestante acabou preso, sendo liberado algumas horas depois.
Esta foi uma manifestação vitoriosa em todos os sentidos. Agora nos resta trabalhar para manter as mobilizações! As manifestações devem crescer e o objetivo é dobrar o número de manifestantes durante esta semana. (Acompanhe aqui o calendário de mobilização da semana).
A seguir, assista dois vídeos do ato:
Somente quando a manifestação chega à Câmara de Vereadores, os manifestantes conseguem perceber o tamanho do ato em que estão inseridos. Vídeo por Leo Silva Lima
«Quem não pula quer tarifa» é um vídeo sobre os protestos contra o aumento de 7,3% no valor da passagem de ônibus em Florianópolis. No dia 13 de maio de 2010, quatro mil pessoas, principalmente estudantes, ocuparam as ruas do centro da Capital. O vídeo, de cinco minutos, gravado com uma câmera fotográfica, foi produzido pelos jornalistas Fernando Evangelista e Juliana Kroeger.
Fotos: Sarcastico.com.br
Não via nada tão grande desde 2005!!!!!
Isso dá um ânimo,pois independente de derrubar a tarifa é um avanço no processo de consciência
QUANDO VI TV DE LCD INSTALADA EM ONIBUS SUCATEADO, TODO QUEBRADO E VELHO, TENDO QUE PEGAR TRILHOES DE ONIBUS PRA IR DE UM BAIRRO A OUTRO (DISTÂNCIA 7 KM), JÁ TAVA NA CARA QUE IRIAM METER A MÃO NO BOLSO NA MAIOR CARA DURA PRA PAGAR TV QUE NEM EU TENHO! É MOLE, OU QUER MAIS?
CHEGA DE SER EXPLORADO E SER FEITO DE PALHAÇO!
Sera que os livros de Gilberto Cotrim relatarão a “revolta da catrata”?!
dá orgulho dos estudantes de florianópolis fazer o que os trabalhadores não conseguem, é uma pena não ter a classe operária nas manifestações pois a cidade pararia.