Batalhão de Choque (PM) acaba de chegar a Vila Taboinhas

 

Grande quantidade de policiais militares do Batalhão de Choque acabam de chegar a Vila Taboinhas (Vargem Grande), para apoiar o cumprimento da ordem de despejo da comunidade de 400 famílias.

Como os moradores não têm para onde ir e prometem resistir, é possível que haja confronto.

Mais sobre o despejo e a resistência dos moradores no site da Rede contra a Violência: Aparato do estado e da prefeitura se prepara para despejar Vila Taboinhas (Vargem Grande), mas moradores montam barricadas e prometem resistir. Veja aqui.  

Comissão de Comunicação da Rede contra a Violência

Aparato do estado e da prefeitura se prepara para despejar Vila Taboinhas (Vargem Grande), mas moradores montam barricadas e prometem resistir

A comunidade Vila Taboinhas, que fica em Vargem Grande (acesso pela Estrada dos Bandeirantes, próximo à subida para a Estrada da Grota Funda) tem o despejo de suas 400 famílias marcada para hoje (09/11).

O suposto proprietário da área que foi ocupada pelas famílias entrou com ação de reintegração em 2007, e logo conseguiu decisão judicial favorável, de juíza do Fórum da Barra. Entretanto, a ordem de despejo não foi imediatamente cumprida porque o proprietário não soube dizer quais eram os limites de sua “propriedade” e foi necessária perícia técnica!

Os moradores só foram notificados da decisão esse ano (2010). A juíza (chamada Érika) esteve pessoalmente na comunidade com cerca de 30 oficiais de justiça para notificar as famílias.

O Núcleo de Terras e Habitação (NUTH) da Defensoria Pública, procurado pela Associação de Moradores e pelas famílias, entrou com agravo contra a decisão, que foi inicialmente aceito pela desembargadora, que logo após entretanto voltou atrás alegando falta de documentos.

A decisão da juíza Érika do Fórum da Barra é pelo despejo puro e simples, sem determinar nenhuma alternativa de moradia para as famílias, o que contraria diversas legislações.

Deve-se observar que a área onde se encontra a comunidade faz parte da região que será atingida pela implantação da Transoeste e Túnel da Grota Funda, sendo portanto local de valorização imobiliária, o que deve ter despertado a cobiça do suposto proprietário que a tinha abandonado há anos.

Já começaram a chegar agora pela manhã caminhões da prefeitura, Light e Cedae, mas não há ainda presença da Guarda Municipal e força policial.

Os moradores prometem resistir, porque não têm para onde ir, e estão montando barricadas nas entradas da comunidade. O Conselho Popular e o Movimento de União Popular (MUP) estão presente em apoio e solidariedade, e defensores públicos estão se dirigindo ao local.

Pede-se a presença da imprensa e de todas e todos que possam apoiar a resistência das famílias em sua luta pelo direito de moradia.

Para chegar: ônibus 268 e 382 (descer no Trinta), ou 387 (descer na Amoedo do Recreio).

Mais informações com Alexandra (da associação, tel. 7863-6495), Jorge (do MUP, 9725-7702) ou Alexandre (Rede contra a Violência, 9284-8702), que estão no local.

Comissão de Comunicação da Rede contra a Violência

Entretanto, veja aqui !

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