Completava sete anos dentro da mesma Universidade somando os anos de estudos aos de servidor técnico. Já tinha visto de tudo por ali a ponto de não acreditar mais que aquilo fosse um espaço privilegiado. A dinâmica das lutas conseguia repetir a mesma lógica de qualquer outro lugar burocratizado, apesar dos discursos vanguardistas de alguns setores. Mas na semana passada se surpreendeu: ao chegar ao trabalho se deparou com um panfleto, largado sobre a mesa, convidando-o para a “Campanha Salarial”, uma assembléia geral e para a sua primeira paralisação enquanto trabalhador formal. Iria finalmente conhecer o “seu” sindicato e as “suas” lutas! Encheu-se de orgulho até o minuto seguinte, quando então viu os adesivos dos candidatos para as eleições do próximo domingo estampados nas paredes… Passa Palavra

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