Seminário “Pensamento Crítico Contemporâneo”, org. CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia.
Local: ISCTE, Auditório B203 (Edifício II), Cidade Universitária, em Lisboa (metro Entrecampos).
Às segundas e quintas-feiras, das 19h às 20h30. Inscrição necessária, lugares limitados! A presente crise convida a um debate acerca do económico que convoque diferentes tradições teóricas das ciências sociais e do pensamento político. A Unipop, no seguimento dos seminários de introdução ao pensamento crítico contemporâneo, e o CRIA, Centro em Rede de Investigação em Antropologia, promovem um encontro mais demorado com a economia, interrogando os próprios limites da divisão entre económico, político, social e cultural. Através do percurso de vários autores e tradições, o seminário procurará debater a economia a partir de um lugar onde teoria social, pensamento económico, filosofia, antropologia e história dos movimentos sociais se revelem indissociáveis. O seminário está aberto à frequência de todas e todos que por ele se interessem, não sendo necessário qualquer tipo de qualificação académica ou profissional. A fim de um melhor aproveitamento das sessões, será distribuído material de leitura aos inscritos.
Programa
7 de Maio: A produção em Deleuze e Guattari (sessão de abertura, entrada excepcionalmente livre) com Maurizio Lazzarato
11 de Maio: A dádiva em Marcel Mauss com Filipe Reis
14 de Maio: A grande transformação de Karl Polanyi com Francisco Louçã
18 de Maio: Ben Fine e os mundos do consumo com Emília Margarida Marques
21 de Maio: Foucault, governamentalidade e liberalismo com José Luís Câmara Leme
25 de Maio: A economia política alemã em Georg Simmel e Max Weber com José Luís Garcia
28 de Maio: A moeda viva de Pierre Klossowski com José Bragança de Miranda
1 de Junho: Harold Innis e a economia política dos media com Filipa Subtil
4 de Junho: Operários e capital de Mario Tronti com Ricardo Noronha
8 de Junho: David Harvey, economia e espaço com Hugo Dias
11 de Junho: Karl Marx crítico de Friedrich List com José Neves
Inscrições: [email protected]
Preço: 15€ Os 15€ dão direito a entrada em todas as sessões, assim como acesso a material de leitura. Será emitido certificado de participação. A possibilidade de inscrição em sessão avulsa está limitada ao número de lugares disponíveis em cada sessão e não é susceptível de reserva prévia. Neste caso, o custo é de 4€ por sessão.
Apoios: NúMENA | AEFCSH | AEISCTE | ATTAC-PORTUGAL | Antígona
Apresentação dos conferencistas:
Maurizio Lazzarato é sociólogo e filósofo, membro do Labaratoire Matisse-Isys (Universidade Paris 1) e da direcção da revista Multitudes. Entre as suas áreas de interesse estão os movimentos precários, a relação entre trabalho e arte, Gilles Deleuze, Gabriel Tarde. Recentemente publicou Intermittents et Précaires (com Antonella Corsani) e Puissances de l’invention. La psychologie économique de Gabriel Tarde contre l’économie politique.
Filipe Reis é antropólogo, investigador do CRIA e professor no ISCTE, onde lecciona disciplinas na área da antropologia económica e da antropologia dos media, áreas nas quais tem publicado vários trabalhos. Realizou uma tese de doutoramento intitulada Comunidades Radiofónicas. Um estudo etnográfico sobre a rádio local em Portugal.
Francisco Louçã é economista, professor no ISEG-UTL, deputado ao parlamento português e coordenador do Bloco de Esquerda. Tem desenvolvido investigação a nível da história da economia e da teoria dos ciclos. Entre outros, publicou Das Revoluções Industriais à Revolução da Informação (com Chris Freeman) e Turbulência na Economia.
Emília Margarida Marques é antropóloga, investigadora do CRIA. Realizou o seu doutoramento em 2003, com uma tese intitulada Conduzir a máquina, construir o trabalho. Sobre usos sociais da matéria. Tem vários trabalhos publicados acerca de trabalho, indústria e técnicas, cultura material e consumos.
José Luís Câmara Leme é filósofo, professor na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Técnica de Lisboa, onde lecciona disciplinas nas áreas da Filosofia da Técnica e da Filosofia da Ciência. Doutorou-se em filosofia com uma tese acerca de Michel Foucault, sobre o qual tem vários trabalhos publicados. Tem igualmente trabalhado a obra de Hannah Arendt.
José Luís Garcia sociólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tem-se dedicado, entre outras matérias, ao estudo da ciência e tecnologia contemporâneas. Entre outras publicações, co-editou recentemente o livro Razão, Tempo e Tecnologia – Estudos em Homenagem a Hermínio Martins.
José Bragança de Miranda é sociólogo, professor na FCSH-UNL e professor convidado na Universidade Lusófona. As suas principais áreas da investigação são cibercultura, cultura, comunicação e media. Entre outros, publicou Queda sem fim, Teoria da Cultura e, mais recentemente, Corpo e Imagem.
Filipa Subtil é socióloga e professora na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. A sua principal área de investigação é a sociologia dos media e a teoria da comunicação. Tem trabalhado a obra de Harold Innis e publicou recentemente Compreender os media. As extensões de Marshall McLuhan.
Ricardo Noronha é historiador, investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL. Realiza actualmente uma investigação de doutoramento acerca da nacionalização da banca em Portugal durante o período revolucionário.
Hugo Dias é sociólogo, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde realiza actualmente o seu doutoramento sobre sindicalismo e movimentos sociais, área onde tem publicado os seus trabalhos.
José Neves é historiador, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde realiza actualmente pós-doutoramento. Tem-se dedicado ao estudo dos nacionalismos e à história do comunismo. Publicou recentemente Comunismo e Nacionalismo em Portugal – Política, Cultura e História no Século XX.