Durante as últimas semanas, alardeou-se por todo o mundo o perigo de uma pandemia que estaria sendo proliferada a partir do México. Por trás de todo o sensacionalismo explorado pela mídia, não haveriam interesses políticos, estes sim, muito mais perigosos? Por César Ortega*

1. Introdução

Mexico Swine FluAs condições de compreensão de qualquer fenômeno resultam sempre da possibilidade de serem entendidos como parte de uma totalidade mais ampla de acontecimentos. Nas últimas semanas, a ameaça da gripe “suína”, ou “Influenza A”, tem atraído uma parte importante da atenção da mídia e, com ela, de boa parte da população mundial, espalhando uma epidemia de desinformação e paranóia que oculta o sentido político das medidas a serem tomadas pelos governos e Ministérios da Saúde em diferentes países. E, no caso do México, servindo aos propósitos de contenção do protesto social e para a tomada de decisões que aprofundam a integração mexicana na esfera de decisões geopolíticas dos Estados Unidos na era Obama, bem como o isolamento internacional do nosso país num contexto de militarização e maior atividade repressiva do Estado mexicano contra os movimentos socias.

Nas linhas seguintes vou tentar demonstrar como a idéia da “epidemia mundial” não é senão uma grave deformação e exagero por parte da mídia e dos governos, como útil conjunção de diversas formas de controle social, e como esse cenário não resiste a uma análise crítica, se inserido no contexto sociopolítico mexicano. Estou tentando proporcionar vários links para a procura de mais informação e a sustentação das minhas teses, e espero que esses elementos sejam úteis, sobretudo, para desmanchar o medo e a desinformação nesta conjuntura, no qual se reuniram o poder da mídia, o poder do complexo militar-industrial, encabeçado pelo poder farmacêutico, e a cumplicidade de múltiplos níveis do “governo mundial”.

2. Os fatos que já aconteceram: os paradoxos, contradições… e mentiras

Não vou cair no excesso de dizer que não existe uma ameaça de um tipo de evento, a difusão mundial duma enfermidade pode acontecer. Mas quem seriam os responsáveis? O artigo de Mike Davis das semanas passadas, publicado no jornal Brasil de Fato e na página do Rebelión (www.rebelion.org), dá uma boa idéia das condições de produção mundial dos suínos (1), mas a verdade é que essas condições abrangem também todos os outros ramos da produção mundial de carne. Essa matéria é suficiente para um outro artigo, e aqui a deixo de lado. Também estou deixando de lado a hipótese do bioterrorismo. Mas…

gripe_suina8Agora sabemos que diversos peritos alertaram para a possibilidade de difusão da gripe suína várias semanas antes, e que essa situação já foi objeto de reclamações contra o governo mexicano, nomeadamente da parte dos governos cubano e brasileiro. A empresa Veratect, que monitora as enfermidades animais e humanas a nível internacional, produz um relatório cronológico: http://www.veratect.com/. Sabemos também que o governo mexicano negou em múltiplas ocasiões a obediência devida às normas de produção e vigilância epidemiológica nas granjas de produção avícola e suína, ignorou as denúncias judiciais elaboradas e ainda reprimiu e ordenou uma perseguição judicial contra famílias afetadas da comunidade La Gloria, município de Perote, estado de Veracruz (México), onde aparentemente surgiu o primeiro caso da gripe, na empresa norte-americana SmithField e na subsidiária da empresa Granjas Carroll – a maior produtora mundial de carne suína, cuja fábrica está sendo apontada como a fonte de irrupção do vírus H1N1, por causa da poluição da água da comunidade. Agora o governo mexicano tem o cinismo de exigir uma compensação à Organização Mundial de Saúde pelo dano econômico que a “epidemia” provocou. Isto tudo foi relatado, ainda que timidamente, pois todas as informações se têm centrado no “enorme potencial de contágio” do “novo” vírus (2), do que também estão tentando nos convencer os agentes das empresas farmacêuticas em todo o planeta, por exemplo, o senhor Celso Granata, livre docente da Unifesp, médico líder da área de infectologia do Grupo Farmacêutico Fleury (Oeste Notícias, 03/05/2009).

Até 21 de Abril, foram registrados 400 casos na referida comunidade La Gloria, que possui uma população de 3 mil pessoas, com 3 mortes de crianças de menos de dois anos, além de mais 2 casos no estado de Oaxaca (México), que logo levaram a mortes. A Secretaria de Saúde Federal mexicana confirma 5 mortes na Cidade do México e 120 casos da doença espalhados nos hospitais da Cidade do México… No total, são 313 casos da gripe em todo o território mexicano. Os estados mais afetados: Chihuahua, Baixa Califórnia, Hidalgo, Tlaxcala e Veracruz, além do Distrito da Cidade do México. No dia 22 de Abril, o Canadá anunciava um alerta nacional. No dia 24 de Abril, todos os jornais do mundo falam do “novo” vírus. A maioria das primeiras páginas mostrava pessoas com máscaras nas ruas do México. Uma verdadeira desgraça. Mas a ameaça real se esconde por trás de tudo isto, como vamos ver. Tudo bem, então. Temos que tomar medidas sanitárias para prevenir o contágio… O presidente mexicano fala no dia 23 de Abril, em rede de TV nacional, para informar da existência de um novo vírus da gripe, “incurável” e “mortal”. São anunciadas medidas extraordinárias para impedir um contágio generalizado: são fechadas as escolas, os centros de lazer, restaurantes, proibidas as concentrações… e o exército recebe autorização para entrar nas casas particulares… pois sabemos que esses bichos se ocultam sob as camas e nas geladeiras. A partir desse momento, por decisão do governo federal e do prefeito da Cidade do México (que pertencem a partidos políticos diferentes), foi declarado um toque de recolher generalizado até o dia 6 de Maio, e o centro da atividade política, econômica e cultural do país é subitamente paralisado.

3. A fabricação do inimigo

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Detectores de "enfermidades" são instalados em diversos aeroportos do mundo

Não tenho comigo números exatos, mas tenho dúvida de quantas pessoas morrem “normalmente” por doenças respiratórias na cidade mais (ou pelo menos uma das mais) poluída do mundo: a Cidade do México – ou em qualquer das grandes cidades deste planeta. Com todo respeito pelos defuntos desses dias, no meu país, 68 mortes numa cidade de quase 25 milhões de pessoas é algo para ser considerado uma pandemia (admitindo que eles morreram mesmo por este motivo)? Os automóveis deviam ser proibidos, pois morrem quase 250 pessoas por dia em acidentes de trânsito… Tenho informações soltas, que fui encontrando nestes dias, sobre os afetados pela “nova” gripe. Uma delas, uma mulher de 39 anos, que apresentava um quadro de diabetes e diarréia, além da pneumonia de que realmente morreu. A Secretaria de Saúde de Oaxaca contactou 300 pessoas que estiveram em relação com a mulher, das quais 61 apresentavam sintomas de problemas respiratórios, nenhuma com complicações. Uma mulher argentina, no aeroporto de Buenos Aires, afirmou que seu marido morreu num hospital do México, por causa de uma complicação da pneumonia, desconfirmando a hipótese dos jornalistas, segundo a qual teria sido pela gripe suína. Não temos notícia de que as 400 ou 1200 pessoas afetadas na comunidade La Gloria, apesar de gravemente atingidas pela poluíção da água pelas Granjas Carroll, tenham morrido por causa deste vírus.

Mas hoje temos muitas perguntas. Quantas pessoas afetadas por doenças mais comuns estão sendo ou foram levadas, pela psicose alimentada na mídia, a correr a procurar uma medicação, uma máscara, atenção sanitária, pensando que são afetadas por uma doença mortal? Quanto do estresse cotidiano é conduzido para a preocupação que está sendo levantada e sustentada pela mídia? Somente nos Estados Unidos, 36 mil pessoas morrem anualmente por causa de uma gripe normal… Quantas morrem no México e em todo o mundo por doenças curáveis e porque não têm o dinheiro para a medicação ou porque os sistemas de saúde não dão conta delas? Quantas por fome? Quantas mortes ocorrem diariamente nas favelas do Rio de Janeiro em resultado das políticas de “segurança pública”? Para quantas a crise econômica global está sendo mais letal que este novo vírus? Quantas pessoas sabem que o medicamento Tamiflu, indicado para a gripe suína, e que está sendo produzido e adquirido em massa, é fabricado, entre outras, pela firma norte-americana Gilead Sciences Inc., cujo conselho de acionistas é dirigido por nada menos que Donald Rumsfeld, o ex-ministro da defesa de G. W. Bush, e pelo visto o cérebro da continuidade da política exterior norte-americana?

As declarações do secretário da Organização Mundial de Saúde provocam só uma maior desinformação e especulação (financeira, pelo visto), ao afirmar que 1/3 da população mundial poderia ser infectada com o novo vírus da gripe, falando disso como uma possibilidade “razoável” (3)? O secretario Keiji Fukuda não apresentou ainda nenhum respaldo técnico, científico ou epidemiológico para as suas afirmações, mencionando apenas o exemplo da gripe espanhola em 1918. O que poderia lançar uma suspeita sobre o seu comportamento (e os seus interesses e conexões políticas e econômicas nesta conjuntura). Que tipo de atenção está recebendo, por exemplo, a situação de epidemia de meningite na África Ocidental, com mais de 1900 mortos e 56.000 afetados, segundo relatórios publicados (4)?

Como é que o senhor presidente do México (“eleito” numa votação muito questionada em 2006) sabia que se tratava de um novo vírus, se as primeiras provas foram enviadas para análise num laboratório no Canadá quase uma semana depois? Como o senhor teve a simplicidade de afirmar, uma semana depois, que a doença é curável e não é tão perigosa quanto pensavam (e fizeram-nos acreditar)? Em que o senhor se baseia para afirmar uma coisa ou a outra? Onde estão os mortos e onde estiveram concentrados os doentes, se os houve? Por que os jornalistas mexicanos tiveram tanta dificuldade para encontrá-los? O que sucedeu aos parentes dos afetados? Por acaso eles estão ou estiveram doentes ou em situação de quarentena? As perguntas se acumulam, e cada vez mais pessoas, pelo menos no México, concebem a idéia de que tudo isto foi um grande engano… mas de que natureza? Quais os dados reais sobre a difusão vertiginosa da “epidemia”?

4. O que acontece no México por trás de tudo isto, e o que vem

gripe-suina6No Brasil, depois destas 3 semanas, aparece no seu verdadeiro tamanho a ameaça desta epidemia. Sob as anteriores questões e considerações, passemos a olhar pelo contexto sociopolítico mexicano, e algumas das iniciativas, discursos e ações recentes, do lado do governo mexicano (é claro que na nossa perspectiva).

Nós achamos que, no plano político interno mexicano, se tratou fundamentalmente de:

1. Desviar a atenção da população relativamente aos graves problemas em pauta (a concessão do petróleo, praticamente de graça, às empresas petrolíferas norte-americanas; as greves mineiras no norte do país; a situação dos presos politicos, que chegariam, segundo alguns relatórios, a 3600; a taxa de desemprego; a grave situação de deterioração do sistema educacional; os escândalos pelo aumento de casos de pornografia infantil; os questionamentos da estratégia de segurança pública e da luta contra o tráfico de drogas; e a apresentação de um informe nacional com mais de 600 casos documentados de abusos e violações aos direitos humanos pelo exército mexicano, em “cumprimento” de sua tarefa – o que vai contra a Constituição, falando nisso). E que melhor forma para o governo dos Estados Unidos exercer agora um maior controle sobre os migrantes mexicanos, justificando a militarização da fronteira?

2. Era preciso também, segundo a perspectiva dominante, interromper o processo de acúmulo de forças das organizações sociais e populares, que visavam realizar, no final de Março e começo de Maio, grandes concentrações e múltiplas expressões de protesto em todo o país. Através destas medidas militar-sanitárias, o governo criou um novo campo político onde terá de se desenvolver a luta social. O objetivo principal, achamos, foi provocar uma situação de quase psicose coletiva, causada pela situação de medo, incerteza e confusão, e aproveitar para dar uma nova legitimidade à presença inconstitucional do exército, que atua em funções policiais, além de propor e aprovar diversas leis que reforçam o caráter autoritário e ditatorial do regime de Felipe Calderón. No dia 23 de Abril, quando foi lançado o alerta sanitário, a Câmara de Vereadores aprovou uma nova lei para a atuação da Polícia Federal, que legaliza a escuta telefônica e as intervenções nos correios eletrônicos, como medida para lutar contra o “crime organizado” (5). Cabe apontar que já na semana do 1º ao 5 de Maio, a página de internet da Campanha nacional e internacional pela liberdade dos presos políticos de San Salvador Atenco foi hackeada e que o correio da organização Serapaz (comandada pelo bispo Samuel Ruiz, que teve um papel fundamental na teologia da libertação no México e como mediador nos diálogos entre o governo mexicano e o EZLN [zapatistas]), uma das organizadoras da campanha, foi violado, o que gerou já uma reação internacional das organizações de direitos humanos.

3. Com o final do alerta sanitário, o secretário de Economia admitiu, nestes dias, que a economia mexicana entrou em recessão (o que desde há meses vinham a negar que fosse acontecer). O governo aproveitou também para assinar dois novos empréstimos com o FMI, e para enviar uma proposta de lei ao Congresso Nacional para desvincular e fragmentar o sistema público de ensino médio e superior. Tudo isso sem falar dos resultados da visita do presidente Obama ao México, em que foi discutida a implementação do Plano México, derivado do Plano Colômbia, usado por esses governos para combater o narcotráfico… e qualquer tipo de dissidência. Nisso inclui-se a solicitação de poderes especiais do presidente Calderón para que o Executivo possa comandar, sem a autorização do Congresso Nacional, operações militares de “combate ao crime”. Ah, quase me esquecia de mencionar que em Junho teremos eleições municipais e algumas estaduais no México… mas isso não deve ter nada a ver… Tem?

Conclusões provisórias…

gripe_suina2Deixo aos/às amáveis leitores/as elaborarem as suas conclusões. O que é pior, só para terminar, é como essa notícia foi aproveitada para estender o controle do(s) Estado(s) sobre múltiplas atividades cotidianas da população e como forma de legitimação das suas decisões e de despolitização delas, ao mesmo tempo que criam um novo campo político com o uso de um discurso técnico-militar-sanitário difícil de contestar, em que o medo é usado para provocar obediência… e desinformação, que pode facilmente conduzir ao pânico em outros lugares onde foi levada a notícia da gripe “suína”. O esquema de informações é suficientemente amplo, confuso e complexo para pensarmos num esquema de “guerra psicológica”, mas não houve, nesse sentido, uma conspiração detalhada para ativar tudo isto. Trata-se do funcionamento do capitalismo atual (dos seus responsáveis humanos, nos planos materiais e simbólicos) e das formas em que as classes e grupos dominantes estão ensaiando formas de elaboração e propagação do medo, para manter a passividade das populações, a iniciativa política e o controle das decisões, neste “momento” de crise geral.

Nesta perspectiva, temos de contextualizar estes acontecimentos nas tendências mundiais das formas de dominação sócio-políticas no atual momento histórico e na atual conjuntura. Entre 2001 e 2009, no Peru, Guatemala, Sri Lanka, Tailândia, Estados Unidos, Birmânia, Brasil, Colômbia, Turquia, Iraque, Palestina, Argentina, Bolívia, França, Grécia e México (Atenco e Oaxaca em 2006), com diferentes características e por diversas razões e situações, tiveram lugar cenários de instauração de “estados de exceção” que, em alguns casos, se constituíram de forma permanente, quer dizer, se tornaram, hoje, o cenário normal da vida cotidiana e, portanto, das formas embrionárias do futuro de barbárie que o tempo presente já contém.

* O autor é mexicano, tem formação em Psicologia Social, cursa mestrado de estudos latino-americanos na UNAM (Universidad Nacional Autônoma de México), integra o coletivo mexicano Jóvenes en Resistencia Alternativa e não foi infectado pelo vírus.

Contato: [email protected]

Notas:

(1) Informações sobre a origem do foco e sobre as condições sanitárias das fábricas de carne suína, ver: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1124153
http://www.jornada.unam.mx/2009/04/29/index.php?section=politica&article=011n2pol

(2) Resumo do artigo:
Em Agosto de 2007, porcos e pessoas foram clinicamente infectados por uma doença do tipo gripe aquando da sua participação numa feira rural no estado de Ohio [Estados Unidos]. O vírus “Influenza A” foi identificado em porcos e pessoas, e os vírus isolados foram caracterizados como”swine H1N1″ semelhante ao vírus”swine” que circula usualmente na população suína dos EUA. A estirpe isolada, A/SW/OH/511445/2007 (OH07), foi avaliada num ensaio experimental e o estudo de transmissão relatado aqui. Os nossos resultados indicam que o vírus era patogénico em porcos, transmitia-se entre porcos, e falhou na reacção-cruzada com muitos “swine H1 anti-sera”. Porcos expostos naturalmente espalham o vírus em 3 dias só e em 7 dias depois do contacto com porcos infectados experimentalmente. Isto sugere que houve oportunidade para exposição de pessoas aquando do manuseamento dos porcos na feira. A análise molecular do OH07 isolado demonstrou que os oitos segmentos do gene eram semelhantes aos vírus  de mistura genética tripla de “swine influenza” circulantes correntemente. Contudo, ficaram provadas numerosas variações de nucleótidos em variações de amino ácidos no gene HA e por todo o genoma quando comparado com vírus suínos contemporâneos do mesmo cacho genético. Desconhece-se ainda se alguma das variações de amino ácidos estão relacionadas com a capacidade deste vírus infectar pessoas. As características do vírus OH07 no nosso porco-modelo experimental assim como a transmissão humana documentada garante uma estreita monitorização do espalhar do vírus nas populações suína e humana.
Publicado por Elsevier B. V.
Artigo recebido em 9 de Setembro de 2008, recebido com revisões em 12 de Dezembro de 2008 e aceite para publicação em 2 de Janeiro de 2009
Palavras-chave: Influenza A virus H1N1 Swine

http://nacionalistasmex.googlegroups.com/web/200904Articulo%20Influenza.pdf?hl=es&gsc=4dPdDgsAAABkPbuwYqMAJBTsbaKEdSYi

(3) http://www.jornada.unam.mx/ultimas/2009/05/07/un-tercio-de-la-poblacion-mundial-podria-contagiarse-de-la-influenza-humana-ah1n1-oms

(4) http://www.elpais.com/articulo/internacional/epidemia/habla/elpepuint/20090507elpepuint_3/Tes

(5) http://www.cronica.com.mx/nota.php?id_nota=428052
http://www.jornada.unam.mx/ultimas/2009/04/30/aprueba-senado-ley-de-la-policia-federal

6 COMENTÁRIOS

  1. O artigo vai na linha de mostrar mais um exemplo da ‘doutrina do choque’ e do ‘capitalismo do desastre’ que Naomi Klein discorre tão bem em seu livro mais recente.
    As catástrofes ambientais (ou sanitárias) servindo para propósitos políticos e econômicos, para através do medo infantilizar uma população que dá a carta branca aos pai-Estado protetor…

  2. Assim como o autor, não caio no exagero de afirmar que tudo se tratou de uma conspiração mundial minuciosamente arquitetada. Mas que, em situações alarmistas como esta, há um largo aproveitamento político a partir da certa bola de neve que a mídia faz de um pequeno fato verídico que seja, isso não se tem dúvida.
    Aqui no Brasil, particularmente, a impressa, diante da falta de um bom número de fatos concreto para escandalizar, precisou jogar com manchetes que anunciavam números de “casos suspeitos”, basta pesquisar: “E o número de caso suspeitos no Brasil pode chegar a 32”, “Dobrou o número de casos suspeitos”. Vejam bem, casos suspeitos. Ora, caso suspeito é apenas um caso concreto em potencial, que ainda não ocorreu, portanto, um não-fato, um não acontecido. Como pode haver o dobro de um não acontecimento? Não sei, mas foi em torno disso que as principais manchetes de jornais dos últimos dias oscilaram.
    A meu ver, nestas últimas semanas, passamos por um verdadeiro laboratório de controle social, em nível supranacional. Pois não foram só as fronteiras entre México e EUA que tiveram suas atenções redobradas, mas todos os pontos de contato e fluxo internacional de pessoas; como se atesta com estas instalações de detectores de “febres”. Aonde isso vai chegar?
    Chega, este papo me deu uma tontura, e há algum tempo já não me sinto muito bem, ando com um tosse estranha e uma coriza que não passa…
    …Atchim!

  3. Poxa! Fico triste quando leio e quando me dou conta dessas coisas, às vezes até resisto a acreditar, mas infelizmente é verdade, os caras se aproveitam de um vírus pra fazer um rebuliço e fazer as tramoias nas entocas, onde vamos chegar?!!!!!

  4. É isto aí.A gripe sazonal deixa milhares de mortos e ninguem conta quantos.Todos nós pegamos a gripe sazonal todos anos,e conhecemos pessos que morrem por complcações respiratórias,principalmente em idosos.É pandemia?Fala sério.Sera que a industria farmaceutica mundial quer ganhar dimdim?Mais?Se todos praticamente pegam a gripe sazonal,porque as pessoas nâo são vacinadas aqui nos países do terceiro mundo?Ah,já sei;é para deixarmos nosso dindin nas farmácias.acho que estou ficando louco pois não faço parte da massa manobrada.tchau.

  5. Penso que o presente artigo evidência muito bem, a novas estratégias de domínio utilizada pelo Estado. No momento em que muitas mobilizações contra o Estado emergem de norte a sul do México, a população é diretamente pressionada a usar mascaras e se calar. Os gritos que antes alimentavam marchas e manifestações são abafados pela onda de pânico e medo que tomou conta do país. Espero que os questionamentos levantados neste artigo, favoreçam a construção de uma reflexão coletiva mais profunda de como novas estratégias são utilizadas pelos Estados.

    Carlos Roberto

  6. como tu começou?(gripe suína)
    qual a situação global?(gripe suína)

    por favor presciso saber urgente !! muito obrigada!!
    beijão

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