Prezados (as) leitores (as),

Nessa última semana, um prédio que estava abandonado por mais de uma década, acumulando dívidas e focos de dengue, após uma ação de artistas populares, professores(as), estudantes, filósofos(as) e outros(as) trabalhadores(as), configura-se como um espaço de moradia e cultura.

A entrada ocorreu no dia 29 de outubro, e a aparição pública foi feita no dia 05 de novembro, Dia Nacional da Cultura. Dentro do prédio atualmente, conta-se cerca de vinte representantes de famílias, e quarenta jovens artistas, estudantes, professores(as), filósofos(as).

A iniciativa é uma união do Movimento de Moradias e da Rede de Jovens Artistas e tem o intuito de levar mais pontos de cultura e espaços de educação a Santa Tereza, dando uso a prédios abandonados.

O prédio da Ladeira de Santa Tereza, número 143, encontra-se estruturalmente inacabado, aparentemente abandonado a cerca de vinte anos, com mata alta e focos de dengue, ratos e baratas, e com dívidas em torno de 15 milhões de reais. O prédio encontrava-se totalmente vazio, sem moradores(as) ou seguranças.

O prédio pertence à Universidade Santa Úrsula, que já deu entrada na Reintegração de Posse, e pretende esvaziar o prédio novamente, sem nenhuma proposta nova de uso, muito menos de utilidade e benefício para a vizinhança.

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad) o Déficit habitacional brasileiro é superior a 5,5 milhões de domicílios. Em particular, o Rio de Janeiro apresenta déficit superior a 400 mil de domicílios.

Em nome do direito à moradia digna, em nome da democratização do espaço urbano e em apoio aos movimentos de resistência popular e a cada indivíduo que luta cotidianamente pela constituição de uma cidade comum, a CASA Espaço Auto-Gerido e a SVB – Rio, manifestam seu apoio à permanência da Ocupação Guerreiros Urbanos.

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