Moção em solidariedade aos grevistas da USP
Nós, integrantes dos agrupamentos abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio à greve dos funcionários da USP, bem como do corpo docente e discente da Universidade de São Paulo. Gostaríamos também de afirmar nosso apoio ao Brandão, e exigir sua reintegração imediata, bem como repudiar a vergonhosa intervenção policial promovida pelo governo dentro da universidade, fazendo ressurgir o regime de exceção dos anos da ditadura militar. Foram mobilizados mais de 200 soldados dentro da universidade para reprimir grevistas, e depois, efetuada uma invasão com a tropa de choque que se assemelha à invasão da PUC pela ditadura. O mais engraçado é que, há alguns anos, quando um estuprador agia dentro da universidade violentando várias estudantes, não foi mobilizado nem a metade deste efetivo. Isso demonstra claramente o caráter político de tal ação e a afronta desavergonhada ao estado de direito e à liberdade de manifestação, garantida no artigo 5o da Constituição Federal, bem como, trata-se de uma violação abominável à autonomia universitária e aos direitos humanos, reconhecidos internacionalmente, assemelhando-se a ações de regimes fascistas. Não podemos deixar o governo e a mídia corporativa transformar pessoas que protestam contra a exploração e a favor de uma universidade de qualidade e autonoma em criminosos. Assim sendo, chamamos todas as organizações de base, sindicais, populares e estudantis, a produzir moções de apoio e solidariedade ao movimento e repúdio a esse atentado contra as liberdades políticas.
Assinam:
Professores da Oposição Apeoesp Alto Tietê
Oposição bancária de Mogi das Cruzes e região
RISJA – Recanto de Integração Social do Jardim Aeroporto III
Coletivo Libertário Trinca
e Indivíduos
E os 35 professores processados atualmente? E os demais expulsos, perseguidos, processados?
Lembrar que não teve tanta polícia para pegar o assassino ou assassinos do calouro da medicina. O assassinato continua sem punição até hoje. Altas autoridades da USP foram pegas em plágio explícito de trabalho de outros colegas e não houve nenhuma punição, a reitora botou panos quentes.