Nesta terça-feira, 04/06/13, o movimento popular Terra Livre organiza mobilizações em três estados na luta por moradia e contra as ameaças de despejos em Sergipe, Paraíba e São Paulo.
No estado de São Paulo a mobilização ocorre às 9 horas em Cotia, município da Zona Oeste da Grande São Paulo, com uma marcha da Vila Clara até a prefeitura de Cotia. A comunidade da Vila Clara com cerca de 350 famílias luta contra uma liminar de despejo. Em recentes negociações tanto o Ministério das Cidades (federal) quanto a Secretaria Estadual de Habitação disseram que podem resolver a questão em parceria com a Prefeitura de Cotia, pois pela lei qualquer projeto habitacional deve passar pela prefeitura também. A prefeitura de Cotia, no entanto, segue privilegiando os ricos, autorizando a criação de condomínios de luxo, sem dar qualquer tipo de resposta ás famílias da Vila Clara.
Em Sergipe a concentração começa às 8 horas no Mercado Central de Aracaju e segue por todo o dia ocupando o centro da cidade na I Marcha de Moradia do Povo de Aracaju. Só no estado de Sergipe existem mais de 800 mil pessoas sem moradia, que vivem de favor ou em condições sub-humanas. Três comunidades estão em luta no dia de hoje: A Ocupação Novo Amanhecer (17 de março) e as comunidade do Coqueiral e do Porto D’anta, através de suas associações de moradores. A situação mais grave em Sergipe é a da Ocupação Novo Amanhecer que tem 04 de julho como prazo para o despejo das 360 famílias.
O Terra Livre organiza à tarde um ato também na Paraíba contra o despejo da Ocupação Tijolinho Vermelho em João Pessoa. As famílias que ocupam o antigo Hotel Tropicana no centro de João Pessoa estão ameaçadas por uma liminar de reintegração de posse. Existe parecer do Ministério Público Federal para que se adie a reintegração de posse para que se possa resolver a questão.
A luta das famílias da Paraíba, de Sergipe e São Paulo são a mesma: lutamos por moradia popular contra a lógica de especulação imobiliária. São trabalhadores e trabalhadoras e suas crianças lutando pelo direito básico de moradia que lhes é negado pela lógica da acumulação capitalista. Resistiremos e seguiremos lutando pela transformação da sociedade para que o lucro não esteja acima da vida.
Secretaria Nacional de Comunicação, com informações de Sergipe, Paraíba e São Paulo.