Conta-se que um dirigente trabalhista já rodado e muito experiente, não me recordo se Aneurin Bevan, conversava um dia nos corredores do parlamento britânico com um jovem deputado conservador, e este referiu-se aos trabalhistas dizendo: «Vocês, os meus inimigos». Mas Bevan logo o corrigiu: «Atenção! Nós somos os seus adversários. Os seus inimigos são os seus companheiros de partido». Passa Palavra
Certamente, o papa possui verdadeiros inimigos no Vaticano. Do mesmo modo, vasta porção de denúncias publicadas na imprensa contra altos políticos são fornecidas por membros do mesmo partido.
Isso é basicamente um lei de funcionamento sociológico. Ao mesmo tempo em que alguém se empenha numa luta contra um grupo externo também se empenha para ocupar melhores posições dentro do seu grupo. O que faz com que seus companheiros sejam também seus adversários. Ocorre que a luta contra os de fora é aberta enquanto a luta contra os de dentro é secreta. Entretanto, basta verificar quem sai para jantar com quem que se perceberá a formação de grupos dentro do grupo maior.