Casa Viva: Aqui Não Jaz César Monteiro

Patrick Messina 1996

“A obra cinematográfica de João César Monteiro (1939-2003) é um campo singular de reflexão sobre a realidade social, política e cultural do Portugal do pós-25 de Abril. Enquanto cineasta, Monteiro insistiu na criação artística e estética como veículo privilegiado para a afirmação de um ponto de vista pessoal sobre a sociedade portuguesa dos nossos dias.Os seus filmes são documentos fundamentais para conhecermos a evolução da sociedade portuguesa nos últimos anos.

Usando superiormente os instrumentos de que dispõe, João César Monteiro constrói uma obra estética onde o principal objecto de observação e estudo é Portugal. Esta visão permite a execução de uma atenta reflexão acerca da realidade portuguesa dos nossos dias. Ancorado nos mecanismos da comédia, João César Monteiro recorre à sátira e ao cómico como métodos criadores na construção de uma cantiga de escárnio e maldizer dos nossos dias…

…Em 1996, numa entrevista, João César Monteiro confessa um sentimento de opressão pelo “inferno social” que o cerca. Questionado sobre a forma de “romper” esse cerco, o cineasta responde que tal só será possível através da Revolução. Questionado sobre a sua utopia, Monteiro responde: “Tem a ver com sociedade sem classes, coisas básicas como o direito ao trabalho, enquanto capacidade humana de contribuir para o bem comunitário” (João César Monteiro cit. In França, 1996: 30).”

in Decadência, Regeneração e Utopia Em João César Monteiro, por Paulo Cunha

Biografia de João César Monteiro, pelo próprio

A minha certidão<http://bibliomanias.no.sapo.pt/jcmonteiro.htm>

1ª sessão – curtas metragens  2ª, 3 março 21h30 entrada livre

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