O poder dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) é rateado entre as suas tendências, cada uma com sua história particular, sendo muitas delas mais antigas do que o próprio partido, e os critérios que deixam umas mais poderosas do que outras são vários. Entretanto, também há as secretarias ou setoriais. São elas que existem na estrutura organizacional formal do partido e não as tendências. Criticando a existência desta estrutura formal, um dos mais antigos militantes do partido e também do MST disse-me, sem rodeios, que o PT deixou de ser dos trabalhadores no dia em que resolveu se organizar desta forma. A fragmentação dos trabalhadores em negros, mulheres, deficientes, indígenas, etc. & tal reduziu o sujeito trabalhador a apenas um dentre tantos outros possíveis. Trabalhador passou a ser somente o operário clássico e os demais foram reduzidos a uma das outras categorias. Passa Palavra
PARTIDORNITORRINCO [sic]
Em síntese: o ‘rateio’ é a fórmula exotérica do corporativismo populista, que agasalha e contempla um amplo espectro ideológico, integralizando desde epígonos troskostalinomaoguevaristas do leninismo até nacionalistas mais ou menos fasci(desenvolvimenti)stas e outros bolivarianos… A resultante política é o fascismo vermelho.