O ex-prefeito de Salvador, cuja popularidade era tão baixa que todos os candidatos à sucessão fizeram questão de manter distância, propõe que os rodoviários, em vez de entrarem em greve, liberem as catracas. Sugestão a que um burocrata do sindicato, horrorizado, responde da seguinte maneira: “[A catraca livre] não prejudicaria a população, mas temos que ter responsabilidade com o patrimônio público. Antes de ser sindicalista, tenho contrato com a empresa com a qual eu trabalho. Uma coisa é greve, outra coisa é rodar com o ônibus com catraca livre. Eu não tenho direito de não cobrar” (ver aqui). Passa Palavra
Ainda que quisesse, o sindicalista não poderia trair os trabalhadores que ‘representa’. Só um trabalhador pode trair outro, seu irmão de classe e companheiro de luta. O burocrata pode, isto sim, como o demagogo, enganar os trabalhadores que nele acreditam.
Só lhe restaria trair os patrões, mas isso não depende de sua vontade…