Trocava mensagens com um amigo acerca do aparecimento entre os portugueses do Partido dos Animais e da Natureza e outros similares pelo mundo fora e ele escreveu-me: «Já estivemos mais longe de os ver propor a criminalização do uso pejorativo de “besta” e outros epítetos como especistas e discriminatórios». Claro, pensei eu, vão multiplicar-se os verbetes do dicionário do politicamente correcto. Burro, cavalgadura, macaco de imitação serão banidos e não pararemos aí, porque também estúpido como uma pedra denuncia um antropocentrismo desprezador do reino mineral. Passa Palavra
OUVE COMO FAZES
Contaram-me que um brasuca, outrora ‘politizado’, há tempos decidiu ‘espiritualizar-se’. Inclusive, amealhou pecúnia suficiente e mandou-se à Índia. Quiçá a se pós-doutorar nas transcendências.
Mas deu merda! Literalmente: passou a maior parte do tempo às voltas com uma formidável caganeira.
Caros,
Há decerto um perverso potencial de apropriação do discurso dos paladinos dos direitos dos animais por parte da corrente politicamente correcta, potenciado pelos tolos paladinos. Outra coisa é obscurecer qualquer movimento de emancipação que vise direitos dos animais ou deveres para com eles. Nem todos são bacocos espiritualistas.