Não parece excessivo, após contar rapidamente pedaços do que aconteceu ontem, lembrar que tudo isso aconteceu no mesmo dia, 13 de Dezembro, em que os militares anunciaram o AI-5, símbolo e motor da violência e da ditadura militar, defendido tanto pelo Delegado da Polícia Federal como pelos policiais militares que nos tratavam como merda dentro da viatura.

Denunciar a mentira democrática desse país, tendo total consciência de que no momento em que as lutas populares do campo e da cidade crescerem e que o movimento popular aumentar as suas forças, novos golpes militares surgirão, com ditaduras mais explícitas, só que dessa vez promovidas também por aqueles que um dia foram torturados ao lutar por uma sociedade justa e democrática.

Leia aqui a descrição completa do despejo e das prisões no dia 13 de dezembro no Rio de Janeiro.

VÍDEO 1

VÍDEO 2

VÍDEO DE OUTRA DESOCUPAÇÃO

6 COMENTÁRIOS

  1. Pra polícia isso não é nada. Imaginem um policial no rio de janeiro ser chamado pra realizar uma ação de reintegração de posse (não pela justiça, mas pelo dono do prédio…) e ter que usar spray de pimenta e cacetete para reprimir os ocupantes e os apoiadores… a polícia nem considera isso como violência, acostumada que está a matar a tiros na nuca e pelas costas.
    para os policiais que reprimiram o movimento se tratou de um passeio no parque.
    Infelizmente o Estado ganhou mais essa… E os milhares de desabrigados continuam desabrigados…

  2. Penso que a tática de resistência dos sem teto e apoiadores deveria ser reavaliada. Não adiantará nada ficar continuando a polarização com a polícia no momentos dos despejos. A polarização deveria se dar diretamente sobre o prefeito Eduardo Paes e o Governador Sérgio Cabral, Sobretudo o prefeito. A tática de se montar acampamentos em frente a prefeitura, com todos os ameaçados de despejo ou em processo de despejo, daria maior visibilidade política à resistência, mesmo que sob repressão da polícia militar. Mas, não se pode preder a oportunidade de pôr o prefeito neste cenário e, se possível, cobri-lo de porrada quando a oportunidade melhor aparecer. Deve-se reagir atacando diretamente a prefeitura e o prefeito: principal agente de toda esta violência sobre a população excluída e sem teto na cidade. É legítima defesa da vida!

  3. Os sem teto, de luta, e seus apoiadores, tem de sair desse gueto político de resistência somente em seu próprio território. É preciso fazer um ataque político à prefeitura do Rio e ao Prefeito Eduardo Paes, bem como ao governador Sérgio Cabral, e articular os apoios parlamentares das esquerdas e seus partidos e ongs que teriam disposição de polarizar nesse campo. A resistência tem de ocupar o território inimigo e fazer a resistência lá! Se assim não se fizer, perderemos uma-a-uma das ocupações realizadas por falta de centralidade, dispersão de energias,desarticulação política e o movimento acuado em seu próprio território, sendo violentamente reprimido sem nenhuma visibilidade política, social e jornalística que vá dar repercussão para reverter essa situação.

  4. A MÁFIA da polícia está a serviço da MÁFIA política! TEMOS QUE ATACAR A MÁFIA POLÍTICA! Fascista todos sabemos há muito tempo que esta polícia é. Mas, presta serviço aos políticos fascistas que comandam este estado de coisas, travestidos de democratas! Temos que reagir sobre eles!

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