No sábado 17 de Janeiro, na Amadora (PT), uma manifestação contra o racismo e a violência policial que matou à queima-roupa um jovem de origem africana juntou centenas de pessoas.
A comunicação social esteve lá. Mas reproduziu o que o sensacionalismo quer ver: violência. Toda a manifestação, todas as palavras que foram ditas — e muito boas, por sinal –, toda a justiça a que aquelas pessoas têm direito, se resumiram a uns minutos em que alguém (que certamente não era do bairro e nem sequer deve imaginar o que significa viver lá e “levar com a bófia” a toda a hora) resolveu mandar umas pedras contra a polícia.
Aqui está um filme que mostra o resto. Parte daquilo a que fomos privados pelas televisões e pelos jornais, está no filme: as palavras do Chullage, as faixas que transportam a saudade do amigo KUKU, a pedra da calçada que voou até à esquadra, o apelo de alguém (muito provavelmente do bairro) para que não haja violência…
Já que a imprensa nos habituou ao “resumo torto” da realidade, passemos nós a palavra. Passa Palavra