Nota  da Frente de Luta por Moradia:  Promessas às famílias do Olga Benário ainda não sairam do papel

As famílias do acampamento Olga Benário, no Capão Redondo, organizado pelo Fommaesp (Fórum de Moradia e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), ligado à Frente de Luta por Moradia (FLM), continuam acampadas na calçada, resistindo há mais de uma semana às péssimas condições de se viver na rua, expostas ao frio e às doenças.

Depois de uma primeira negociação frustrada, que aconteceu no dia seguinte ao despejo, o poder público fez na sexta-feira (28/09) nova proposta ao movimento, ainda sem nada concretizar.

Estavam presentes, o secretário Municipal de Habitação, Elton Santa Fé Zacarias, a superintendente de Habitação Popular da prefeitura, Elizabete França, e representantes do movimento. A proposta do poder público é que o município se responsabilize pelo atendimento emergencial e o Estado pela habitação definitiva. O movimento vem tentando uma agenda para incluir o governo federal na pauta das negociações.

Na próxima quarta-feira (2/09), nova conversa deve acontecer na tentativa de que as negociações avancem. Enquanto isso, as famílias continuam acampadas na rua.

Primeira negociação

Logo depois de a Polícia Militar expor famílias inteiras, crianças, idosos e deficientes físico à truculência, o governo do Estado de São Paulo enviou dia 25 de agosto o assessor da presidência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Antonio Lajarin, para que desse encaminhamento às famílias que continuam acampadas em frente ao local de suas antigas casas.

Naquela reunião, foram quatro horas de conversa e nenhum encaminhamento. Como de praxe, albergue foi a primeira opção apresentada pelo representante do governo às famílias. A FLM rechaçou albergues como alternativa habitacional, pelo fato de separar membros da mesma família. A luta é por moradia digna.

Além do albergue, da rede municipal de serviço social, o representante do governo ofereceu cestas básicas e colchonetes, doados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).

A Frente de Luta por Moradia reivindica, como atendimento emergencial, recursos para que as famílias tenham condições de pagar aluguel, até que se viabilize habitação definitiva.

Frente de Luta por Moradia

Contato
(11) 8302-8197

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here