Os policiais militares André Luiz da Fonseca e Rodrigo Martins Pinto, acusados pelo assassinato em 10/02/2007 do vigia Rubineu Nobre, foram libertados no último dia 08/09 do Batalhão Especial Prisional (Benfica), não se sabe exatamente se por decisão judicial ou outro motivo. Como seriam julgados hoje, e não se apresentaram, o julgamento teve que ser suspenso e nova ordem de prisão foi emitida contra os dois.
Lembramos que o assassinato de Rubineu foi gravado diretamente pelas câmaras de vigilância do posto de gasolina de Duque de Caxias em que ocorreu, portanto as provas do homicídio são muito fortes e a condenação dos réus seria praticamente certa. A libertação dos acusados, portanto, significa uma irregularidade gravíssima destinada a facilitar a fuga, ou uma decisão judicial desastrosa, tal como outras que libertaram policiais investigados ou já julgados, conforme denunciado pela Rede no início desse ano.
Ontem (16/09), por outra decisão judicial, mais quatro policiais militares acusados de homicídio também foram postos em liberdade. O juiz Fábio Uchôa, do 1º Tribunal do Júri da capital, resolveu revogar a prisão preventiva dos
PMs Willian Luis do Nascimento, Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos, acusados de matar e ocultar o corpo da engenheira Patrícia Amieiro Franco , que desapareceu no dia 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca. O juiz entendeu “não subsistirem motivos para justificar tal medida (a prisão preventiva)”.
Os policiais são todos do Batalhão do Recreio dos Bandeirantes e acusados de integrarem um grupo paramilitar (“milícia”) da região. É evidente que livres terão muito mais condições de fazerem ameaças e outras ações no sentido de prejudicarem as investigações e o desenvolvimento do processo judicial.
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