Exigimos atenção aos moradores da Nova Esperança
Os moradores da Nova Esperança receberam no dia 20 de agosto de 2009 a visita de assistentes sociais da Prefeitura para avisá-los que sexta-feira seguinte (28 de agosto) uma parte da comunidade seria removida, para dar continuidade às obras da construção da Avenida Perimetral (Viário que liga a Rua Itapaiúna com a Viriato Corrêa passando pela Paraisópolis). São aproximadamente 150 famílias, em área de um córrego, a comunidade temia que com a derrubada de parte dos barracos e com as máquinas trabalhando o terreno ficasse mais instável do que já é, e protestavam também pelo prazo cruel de terem uma semana para providenciar a mudança! A Prefeitura ofereceu como única opção aos moradores a indenização de 5.000,00 reais e isso somente aos moradores que tivessem cadastrados. Alguns moram lá a muito tempo de 8 e até 16 anos, e assim já possuiriam o tempo e os requisitos necessários para adquirir o domínio (serem donos) de suas moradias. Nessa época a Campanha Paraisópolis Exige Respeito fez reunião com os moradores e procuramos a SEHABI, fizemos vários contatos para impedir ações arbitrárias como as que estavam sendo propostas. Na sexta-feira dia marcado para o despejo, a Campanha Paraisópolis exige respeito junto com os moradores participaram de uma reunião, no Canteiro de Obras, em que ficou estabelecido que as famílias que receberam os 5.000,00 ficariam com essa verba à título não mais de indenização (cheque despejo) mas como pagamento de locação social (bolsa aluguel), e que elas seriam incluídas nos atendimentos habitacionais definitivos.
Desde então, com as obras e a retirada das primeiras 30 famílias, o restante da Nova Esperança vem tentando contato com a Sub-Prefeitura, com a SEHABI, para tentar marcar uma reunião, pois conforme todos temiam, o terreno está cada vez mais instável com toda a comunidade correndo risco de deslizamento e de perder todos os seus bens. Ali é claramente uma área de risco que precisa ser priorizada. Todos os planos de urbanização e planos regionais privilegiam as áreas de risco. As famílias desde setembro se organizam para participar de reuniões em que estarão presentes membros da Prefeitura Municipal para tentar marcar uma reunião, procram os assistentes sociais que trabalham no canteiro e são ignorados.
Exigimos que a Prefeitura, Sub-Prefeitura, Secretaria de Obras, seja lá quem sejam os responsáveis por essa obra e os responsáveis pelas áreas de risco, que atendam aos pedidos da população e marquem uma reunião, para promover a solução adequada da questão, pois é urgente a necessidade de encaminhamento dessas pessoas para um atendimento habitacional. Vale ressaltar que não há nada garantindo, o acordo feito entre os moradores e a Prefeitura Municipal, estabelecido na reunião no canteiro, em que se negociou que alguns moradores teriam a indenização substituída pela locação social, foi um compromisso celebrado oralmente e carece ainda de uma garantia por escrito.
Por isto exigimos:
1– Reunião imediata dos moradores da Nova esperança com a SEHABI;
2– Inclusão dos moradores da Nova Esperança nos projetos de moradia da região;
3– Imediata integração dos moradores em área de risco no programa aluguel social.
CAMPANHA PARAISÓPOLIS EXIGE RESPEITO