Dizia-se em minha escola que os bons apelidos [alcunhas] eram os que faziam jus à pessoa e aqueles que persistiam eram justamente os que revelavam o calcanhar de Aquiles do colega. Relembrei disso ao ler uma pequena biografia de Damien M. Corsetti, ex-militar norte-americano. Na base aérea Bagram, no Afeganistão, exerceu o cargo de interrogador dos prisioneiros. Na unidade, um de seus apelidos era “Monstro”, o qual tatuou (em italiano) em volta da sua barriga. Todavia, ainda há outro apelido. Os colegas militares também chamavam-no de “O Rei da Tortura” (“The King of Torture”). Em 2005, o “Rei” foi acusado de abandono de dever, maus tratos, agressão e realizar ato indecente com outra pessoa, mas, um ano depois, foi julgado não culpado de todas elas. Numa reportagem ao jornal El Mundo, Corsetti olhou para o entrevistador e disse: “Olha, deixem-nos a sós nessa sala, me dão um rolo de fita adesiva para amarrá-lo na cadeira, eu apago a luz e em cinco horas você assina um pedaço de papel para mim dizendo que você é Osama bin Laden”. Passa Palavra

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