Cine Bijou: antropofagia na história da cultura brasileira

 

ANTROPOFAGIA NA HISTÓRIA DA CULTURA BRASILEIRA

Antropofagia Modernista (anos 1920-30)
Antropofagia Tropicalista (anos 1960-70)
Antropofagia Periférica (anos 2000-??)

Do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade (1928) até o Manifesto da Antropofagia Periférica de Sérgio Vaz (2007), passaram-se longos 80 anos de história. Neste monte de pedras no meio do caminho, a cultura brasileira vivenciou ainda uma outra proposta estética “antropofágica”, experienciada à sua maneira pelo chamado Tropicalismo (anos 1960-70), em plena ditadura civil-militar no país. Tropicalismo que, na opinião de alguns, ainda vive o seu “eterno presente” hegemônico, enquanto para muitos outros há bastante tempo não simboliza mais o Novo, muito menos carrega consigo qualquer Utopia a ser almejada…

Moderna? Tropicalista? Periférica? Como anda a nossa imaginação estética e política?

A Arte e os Artistas lutam hoje por o quê?

A próxima sessão do CINE BIJOU – Cinema e Memória buscará aprofundar esta importante discussão, que diz respeito ao nosso Passado, Presente e Futuro. Quais inspirações mútuas tiveram estes três importantes movimentos culturais do país? Quais as diferenças substanciais nas suas propostas estéticas e políticas? Quais continuidades e quais rupturas houve entre cada uma delas? Quem as protagonizou, e quem segue protagonizando?

 

 


No próximo sábado (04/09), a partir das 15hs, no mesmo Teatro Studio 184 (Pça Roosevelt, 184), tentaremos abordar este tema fundamental com a seguinte programação:

FILME: “Macunaíma” de Joaquim Pedro de Andrade (1969)

INTERVENÇÃO TEATRAL: com a Companhia Antropofágica

FILME: “Povo Lindo, Povo Inteligente – o Sarau da Cooperifa”, de Sérgio Gagliardi e Maurício Falcão (2007)

RODA DE CONVERSA: com a participação de Sérgio Vaz, da Cooperifa, entre outros convidados especiais para comporem a nossa roda-livre.

Nada melhor agora, para esquentar o debate, do que ler alguns dos textos centrais que marcam estas experiências artísticas:

LEIA AQUI o “Manifesto Antropófago”, de Oswald de Andrade (1928)

LEIA AQUI “Tropicalismo, Antropofagia, Mito, Ideograma”, de Gláuber Rocha (1981)

LEIA AQUI o “Manifesto da Antropofagia Periférica”, de Sérgio Vaz (2007)

  DIVULGUEM E COMPAREÇAM!

CINE BIJOU – CINEMA E MEMÓRIA

LOCAL: Teatro Studio 184, Pça Roosevelt, 184 – Centro


PRINCIPAIS AÇÕES: Resgatar e atualizar a memória de um antigo espaço cultural de resistência de nossa cidade (o Cine Bijou), extremamente importante durante a ditadura civil-militar, realizando, em uma de suas antigas salas (a “Sérgio Cardoso”), exibições de filmes, intervenções teatrais e debates entre militantes do período e jovens ativistas sociais de hoje em dia, de modo a fortalecer a discussão em torno do direito à Memória, à Verdade e à Justiça, bem como a reflexão acerca da Cidade e da Sociedade em que vivemos.


REALIZAÇÃO: a Ponte, Núcleo Memória, Teatro Studio 184 e Sarau da Ademar


APOIO: Programa VAI

CONTATOS: [email protected] / 7308-6252 (c/ Alê), 6991-9699 (c/ Danilo) ou 8562-8294 (c/ Sil)


Você entra
hoje
de terno
e gravata
no Cine Bijou
à procura
da eterna
bravata
do I love you
e se senta
erecto
e circunspecto
sem perceber
que a poltrona
se assenta
– ancestral –
em plena zona
central
dos anos
sessenta.

Ninguém mais
se lembra
nestas alturas
das barbas
sandálias
posturas
politizadas
de quem trocava
os valores
dos pais
por outros amores
de desconforto:
utopias
especializadas
na raiz
do aborto
insuspeitado
de um novo
país.
(trecho de poema de Minás Kuyumjian Neto sobre o Cine Bijou)

 


 

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