Contra os despejos!

 

Hoje, dia 22 de setembro a Resistência Urbana se pôs em Marcha também na região sudeste.

Paralizamos as rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Anhanguera, Dom Pedro I, Dutra e Rodoanel Oeste no Estado de São Paulo. Paralizamos porque só assim nós – os que temos sido calados há séculos, nós os que tudo construímos e nada temos – podemos abrir a possibilidade de ser ouvidos, apenas com ações como esta, saímos da invisisbilidade em que nos aprisionaram e onde temos sido derrotados para mostrar ao país, a outros trabalhadores e trabalhadoras como nós o que temos vivido.

As obras da Copa e do PAC tem removido e promete ainda remover milhares de famílias. Para onde? Ninguém sabe.

Removidos para onde não atrapalhem o “progresso” (desenvolvimento econômico e nunca social), removidos para lugares ainda mais precários do que onde hoje vivemos, removidos para debaixo da ponte.

Não esperaremos os tratores chegarem à porta de nossas humildes casas a nos amedrontar.

Não esperaremos o desespero do despejo sem saída para nos mobilizar e agir.

Agiremos, como agimos, já.

Protestaremos, como protestamos, já.

Denunciaremos, como denunciamos, já.

Após mobilizações, protestos e denúncias nas regiões Norte e Nordeste, realizamos uma série de ações para denunciar que algo tão popular em nosso país como o futebol – um esporte jogado e querido em todas as periferias – tem se transformado no pesadelo de famílias inteiras de trabalhadores pobres.

Se o povo parece cansado do jogo de ilusões que se apresenta como um espetáculo democrático onde somos meros espectadores de nossa desgraça, por outro lado desperta para o fato – cada vez mais claro – de que só a organização, só a mobilização, só a união dos trabalhadores na luta direta pode abrir os horizontes para um futuro onde vivamos, nós, os que tudo produzimos, possamos viver mais dignamente.

Hoje fechamos as estradas mas abrimos os caminhos para a luta do povo que se põe em marcha pela vida, não qualquer vida, a vida que sonhamos, a vida que merecemos, a vida a que temos direito; todos nós.

Hoje, saímos de nosso silêncio e entramos nas rodovias.

Hoje, deixamos o silêncio e somos todos Resistentes.

Hoje, somo a Resistência Urbana nas rua do país.

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