«Jornadas revolucionárias», anunciava o cartaz. Pensei que iam incendiar as ruas, enforcar os últimos ricos nas tripas dos últimos clérigos, mas não, era uma série de debates na sala 12B do Pavilhão C da Universidade Federal de um lugar qualquer. E os títulos das intervenções sucediam-se, cada um mais aterrador do que o outro, entre os que iam falar do niilismo e os que se iam debruçar sobre a subversão do corpo e o pensamento canibal. No fim do cartaz, em letras discretas, constava o nome do professor que organizava o evento e do grupo de estudos sob cuja égide ele decorria. Fui verificar no Google e, tal como esperava, as «Jornadas Revolucionárias» acrescentam pontos ao curriculum. Passa Palavra

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