“Choque de Ordem” da Prefeitura está neste momento demolindo arbitrariamente imóveis na comunidade da Restinga (Recreio dos Bandeirantes)

 

Após várias semanas de ameaças a comunidades da região ameaçadas de remoção, um imenso aparato da prefeitura e do governo estadual (incluindo polícia militar e civil, guarda municipal, funcionários da subprefeitura local e máquinas, totalizando mais de 100 pessoas) chegou hoje cerca de 10h na comunidade da Restinga, no Recreio dos Bandeirantes, e começou a demolir vários imóveis (lojas), que se encontravam em funcionamento no momento.

Questionados por moradores se tinham ordem de demolição ou coisa parecida, os funcionários da Prefeitura disseram que “não precisavam disso”. Como os moradores insistiram em que fosse provada a legalidade do ato, os funcionários recomendaram que os moradores “ficassem quietos”, “não se metessem” e “comparecessem depois à subprefeitura”. Falaram mais, que foi ordem pessoal do prefeito Eduardo Paes, que passou de manhã pelo local, teria ficado indignado com a permanência dos imóveis, e ordenou a ação imediata.

A Restinga, assim como a Vila Harmonia, Vila Recreio 2 e outras comunidades, que existem há muitos anos na região, estão ameaçadas de remoção para suposta implantação da Transoeste, uma das três grandes vias previstas no Rio tendo em vista as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Insatisfeitas com o processo arbitrário como foram “avisadas” e com as “alternativas” apresentadas pela Prefeitura (cada família removida “ganharia” um apartamento do Minha Casa Minha Vida em Cosmos – Santa Cruz, muito distante de onde moram atualmente, com uma área menor que 40 m2 e ainda teriam que pagar R$ 50 de mensalidade, além do que não foi oferecida nenhuma alternativa às pessoas que trabalham e tiram seu sustento das lojas da Avenida das Américas), os moradores começaram um processo de resistência, realizando assembléias e incorporando-se ao Conselho Popular.

A Defensoria Pública foi acionada e está sendo aguardada no local. Pede-se o máximo de divulgação pela imprensa e movimentos solidários.

Mais informações com Michel (7831-8550), morador local e membro da comissão de resistência.

Comissão de Comunicação da Rede contra a Violência

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