“Normal”, porém inaceitável

“Prefeitura de SP admite usar ‘jagunço’ para remover favela do Sapo”. “Evandro foi contratado para derrubar as casas, para tirar as pessoas da favela” (Elizabete França).

Sabemos que esse tipo de prática não é nenhuma novidade; frequentemente lidamos com essas e outras barbaridades em nossa luta cotidiana. Mas que isso seja afirmado pela própria Superintendente de Habitação Popular e Secretária Adjunta de Habitação de São Paulo revela o grau de naturalidade que adquiriram as práticas repressivas estatais (oficiais e extra-oficiais). Diante da ausência completa de políticas habitacionais reais, e considerando o desprezo e mesmo o ódio que a elite paulistana e seus representantes nutrem contra a população pobre da cidade, não surpreende o emprego sistemático de jagunços nos processos de despejo em massa que se multiplicam. Se as ditas “instituições democráticas” não estivessem à serviço do lucro e da manutenção dessa ordem desigual e violenta, a afirmação feita por Elizabeth França resultaria na demissão imediata dela, do Secretário de Habitação e de outros membros da secretaria, e na abertura de processo criminal contra eles. No entanto, dificilmente algo será feito nesse sentido. Cabe à luta popular buscar que a justiça seja feita.

Rede de Comunidades do Extremo Sul de São Paulo-SP

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