Com as revoltas populares no mundo árabe, e as correlatas quedas de alguns ditadores, assistimos mais uma vez ao espectáculo de generais, chefes de polícia, políticos e outros pilares dessas mesmas ditaduras a virarem a casaca apressadamente, aparecendo nas fases de “transição” com um inesperado discurso democrático e mesmo crítico em relação aos regimes que tão bem serviram durante décadas. Atitude sintetizada por uma personagem – um activo defensor do regime derrubado pela Restauração anti-espanhola de 1640 – da peça Um homem para qualquer pátria do dramaturgo português Miguel Rovisco (1959-1987), uma alegoria sobre a Revolução dos Cravos de 1974: “Nós somos sempre a favor do que acontece!”. Passa Palavra

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