Ele foi pela primeira vez dar aulas no Brasil no final da ditadura militar, no ano das Diretas Já. Outro professor levou-o para comer o melhor pé de porco da cidade num pequeno boteco perdido na periferia, junto a um posto de gasolina, entre uma auto-estrada e um terreno vago. O colega apresentou-o ao patrão em termos encomiásticos: um europeu, um intelectual, meio-parisiense, um figurão. «Então, diga na cozinha para nos fazerem um bom pé de porco». O patrão, um homem grande, de rosto imperturbável, respondeu: «O meu pé de porco é sempre o mesmo pé de porco». Passa Palavra

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