Espaço Cultural Mané Garrincha: «Requiem a Lênin»
RÉQUIEM A LÊNIN. Diretor: Dziga Vertov. 62 min. Rússia 1929. Este filme é considerado o “magnum-opus” de Dziga Vertov. O ponto mais alto de sua carreira, dominando absolutamente a imagem e o som. Cineasta favorito de Lênin, Vertov foi o símbolo da revolução, o traço de união entre o partido e a classe operária. A grande maioria das imagens que vemos hoje em dia de Lênin saiu das lentes visionárias de Vertov. Réquim a Lênin descreve o líder soviético visto pela tradição popular, que nas palavras de Vertov, seria uma tentativa de cristalizar os pensamentos do povo sobre Lênin. Fez grande sucesso na União Soviética e em vários países da Europa. Nas palavras do cineasta este filme é “uma grande orquestra sinfônica do pensamento”.
Data: dia 22.10.2011, sábado, às 16h.
Local: Espaço Cultural Mané Garrincha. Rua Silveira Martins, 131, sala 11. Sé. São Paulo/SP.
O meu caminho leva à criação de uma percepção nova do mundo. Eis porque decifro de modo diverso um mundo que vos é desconhecido. (Dziga Vertov)
Outubro é o mês da Revolução Russa de 1917. A radicalidade de uma revolução se mede pelo tanto que ela se espalha pelos mais diversos campos: da economia à música, da política à poesia e assim vai. Na Rússia outubrina não foi diferente: Gorki, Maiakovski e tantos outros. O cinema também se revolucionou. Dziga Vertov escavou o núcleo do fazer cinematográfico, produziu películas que não são nem documentários, nem dramas, nem musicais. Encravou o olho na câmera e a câmera no olho. Visto de tempos embriagados de mesmice (como os atuais), Vertov é um estrangeiro; ele não cabe neste tempo de *fezes, maus poemas, alucinações e espera. (Carlos Drummond)
Neste outubro, outro filme vertoviano. É uma forma de enxergar a Revolução Soviética pelas retinas de seu cinema olho, sem excluir conquistas e fraturas. Quem quiser solicitar os manifestos de Vertov é só solicitar.