Casa da Achada: ciclo «A Paleta e O Mundo» III

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CICLO A PALETA E O MUNDO III

Segundas-feiras, 18h30

Depois da leitura de O elogio da mão e A vida das formas de Henri Focillon, vamos ler Conflito e unidade da arte contemporânea de Mário Dionísio. Quem lê e comenta, com projecção de imagens das obras citadas, é Eduarda Dionísio.

Esta intervenção na conferência da Sociedade Nacional de Belas Artes, durante a I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1957, é posterior à edição de A Paleta e o Mundo; mas vem no seguimento da mesma e por esse motivo considerámos pertinente a sua leitura.

‹‹Embora esteja estabelecido na organização de todos os espectáculos que o programa pode ser alterado por qualquer motivo imprevisto — e embora não se trate aqui rigorosamente de um espectáculo — não saberia come­çar sem pedir-vos desculpa de uma alteração de importância (mas nada imprevista…) que o vosso programa sofreu. E é esta a alteração: Não falarei como crítico de arte — que não sou — nem como historiador de arte — que ainda muito menos desejo ser—, mas apenas como um incorrigível apaixonado de palavras e cores, que não vê no seu sortilégio tão somente aquela capacidade lúdica a que alguns observadores e doutrinadores, um tanto apressadamente, por vezes as reduzem, mas uma das expressões mais sérias, mais necessárias, mais de­cisivas de todos nós e de cada um de nós, onde a cada minuto se arrisca e se conquista o nosso próprio destino.››

Mário Dionísio, Conflito e unidade da arte contemporânea, 1957

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