Casa da Juventude Pe. Burnier: «Quando a dor vira resistência»

Quando a dor vira resistência

 Encontro das lutas: Mães de Maio (SP), Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ) e Comitê Goiano pelo fim da Violência Policial (GO).

Com o objetivo de ampliar o debate público sobre a violência de estado e trocar experiências de luta por justiça o Comitê Goiano pelo fim da Violência Policial e militantes autônomos de Goiânia realizam debate público com a presença de integrantes dos movimentos Mães de Maio, de São Paulo, e Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, do Rio de Janeiro, no dia 17 de outubro, na Casa da Juventude (CAJU), às 18hs30.

A Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência reúne diversos grupos que resistem à ação violenta do estado, incluindo as Chacinas da Candelária, do Borel e de Acari. O grupo Mães de Maio é fruto da resistência de familiares das vítimas da chacina de maio de 2006 ocorrida em São Paulo, quando a polícia executou, em uma semana, quase 500 pessoas a esmo. Em Goiânia, o Comitê pelo fim da violência vem politizando as execuções praticadas por policiais e desaparecimentos após abordagem policial, reunindo familiares de vítimas que buscam justiça nos tribunais do estado e ou que lutam pela federalização de investigações.

Com este encontro, o Comitê pretende fortalecer sua articulação com grupos afins de outros estados, num fortalecimento mútuo contra a impunidade policial e pelo fim da violência empregada pelo estado contra suas populações, em especial as populações negras, periféricas, e contra a militância política de oposição às injustiças.

O debate contará com apresentações culturais de abertura e encerramento e terá espaço para manifestação, troca de relatos e experiências de resistência.

O contexto goiano

Goiás é um dos estados mais violentos do país, em que há mais mortos e desaparecidos pela Polícia Militar no atual regime democrático do que em toda a Ditadura Civil-Militar. Onde os movimentos sociais são criminalizados, manifestações são repreendidas ou até mesmo impedidas de acontecer, devido a abusos policiais. A população em geral – principalmente os moradores das periferias e os negros – são vítimas em potencial da cotidiana violência legalizada do estado. Vítimas não só do descaso e omissão do poder público, mas também do seu aparato armado. São vítimas de violência física e psicológica e no seu limite, de execuções e assassinatos.

A impunidade é praticamente absoluta, o que torna ainda mais cruel essa violência. Em Goiás, a população vive submetida ao medo, não sabendo a quem recorrer, e continuam assim vítimas do descaso do estado, de sua impunidade e de sua violência. Mas, frente a todos esses problemas, mesmo com temor, não há resignação; ao contrário, as vítimas transformam sua dor em resistência, em luta.

Dia 17 de outubro, quarta-feira, 18h30, na Casa da Juventude Pe. Burnier.
Endereço: 11ª Av. n°953, St. Universitário
Informações: 62.4009-0339

Para mais informações sobre os grupos consulte:

 

http://www.redecontraviolencia.org/

http://maesdemaio.blogspot.com.br/

http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=1638&Itemid=2

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