Todos os dias fico acuado por um casal de gansos quando faço minhas caminhadas matinais. Contra todos que passam a seu lado, fazem aquele gesto característico: abaixam o longo pescoço, entornam a cabeça e vão em direção ao seu preterido com o intuito de atacar com doloridas bicadas – quem já recebeu uma sabe a que me refiro. Outro dia vi na internet um vídeo de um pobre senhor sendo atacado por um destes animais. Postei este vídeo na minha timeline com o título “animais que não sabem viver em sociedade”. Nisto fui indagado: – Qual deles? O homem né? Isto me fez lembrar das lições sobre as civilizações do passado e não recordei de nenhuma regida por gansos. Passa Palavra
Nos programas policiais, no Datena, os ataques a animais estão sendo noticiados junto com os outros casos de violência. Noticiam uma moça que foi morta pela ex namorada e um cachorro que foi esfaqueado porque atacou uma mulher , absolutamente com o mesmo peso. Já quando se trata de moradores de rua, eles perderam em posição social para os animais há muito tempo.
Qualquer biólogx “meia-tigela” ou merx usuárix dos sites de busca consegue diagnosticar o fato como um caso clássico de ataque para proteger o ninho. Na natureza é comum os animais atacarem para garantir sua sobrevivência e de sua espécie.
Já o animal humano… tem dificuldade em viver bem até com a própria espécie. (Não é verdade?)
As sociedades erguem-se e desmoronam-se ao longo do tempo, mas o animal humano insiste em reger a sociedade colocando sempre o mais “forte” acima do mais “fraco”. Assim como ter músculos não justifica uma pessoa ser forte (afinal, todos têm), não basta ser um animal de vasta capacidade intelectual, é preciso usá-la. Culpar uma ave por um ataque ao invés de refletir sobre o porquê, francamente… desejo-lhe mais um dígito de QI e força de vontade!
Obs. Sociedade não é o mesmo que civilização.
É bastante interessante comparar as tiradas dos animalistas com as dos ideólogos nazis sobre os mesmos temas. Como exemplo, convido a folhear a seguinte obra (atenção, é nazi): http://www.savitridevi.org/impeachment-contents.html
Alguns excertos:
«It expresses the views which I have had all my life concerning animals in particular and living nature in general, and my no less life-long protest against their ruthless exploitation by man: an attitude rooted, in both cases, in a pre-eminently aesthetic and life-centered outlook on the world, in complete opposition to that utilitarian and man-centered one, which is accepted nearly everywhere… , I had heard or seen too much of all forms of exploitation of animals by man — from the daily brutalities one witnesses in the streets of Southern Europe, not to speak of the Orient, to the appalling deeds perpetrated in the secrecy of vivisection chambers, but fully described in certain scientific publications — not to feel more than indifferent to the fate of human beings, save in the rare cases these happen to be my own brothers in faith (justificando a sua indiferença em relação às revelações dos crimes nazis).»
“A ‘civilization’ that makes such a ridiculous fuss about alleged ‘war crimes’ — acts of violence against the actual or potential enemies of one’s cause — and tolerates slaughterhouses and vivisection laboratories, and circuses and the fur industry (infliction of pain upon creatures that can never be for or against any cause), does not deserve to live. Out with it! Blessed the day it will destroy itself, so that a healthy, hard, frank and brave, nature-loving and truth-loving élite of supermen with a life-centered faith, — a natural human aristocracy, as beautiful, on its own higher level, as the four-legged kings of the jungle — might again rise, and rule upon its ruins, for ever!”
Por mais que tentem, os eco ativistas e simpatizantes não conseguem ocultar sua misantropia.
Achei a dita civilização, também no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Lf1nh_VE_5U&feature=related
KOAN PATAFÍSICO: Quantos a) between fazem um among? & b) among cabem num between? Quem rizomatiza corpos sem órgãos (ver Artaud) indaga e responde.