É possível confundir a rede com organização. Se você tem milhares de contatos mas nenhum deles é capaz de criar uma estrutura no seu lugar de trabalho, então você tem mil vezes zero. Funnywump entrevistado por Libcom

A ideia de traduzir esta entrevista, originalmente publicada em 2006, nasceu a partir da discussão gerada em torno do artigo Doze condições da luta social; tarefa para a qual o leitor Groucho Marxista gentilmente se prontificou.

Libcom.org: Então, quem é você?

Funnywump: Sou o proletário antigamente conhecido como Funnywump.

L: Rapidamente, o que foi o McDonald’s Worker Resistance (MWR) [Resistência dos Trabalhadores do McDonald’s]?

F: Foi a rebelião mais sexy já lançada em uma hamburgueria. Foi o nome adotado por um grupo de empregados do McDonald’s que trabalhavam em um restaurante em Glasgow, na Escócia. Nós publicisamos o MWR e encorajamos a participação de trabalhadores de outros McDonald’s. O nome foi adotado por trabalhadores por todo o Reino Unido e no exterior; e, por meio do radicalismo político, o movimento envolveu centenas de pessoas que não se conheciam.

Pouco antes de terminar o MWR, nós formalizamos alguns princípios básicos:
– Apoio contra a empresa a todos os empregados pagos por hora, independente de etnia, sexualidade, etc.
– Organização não hierárquica.
– Pautar a ação direta e o enfrentamento.

No fim, falhamos espetacularmente.

L: Como começou?

F: Antigamente eu respondia a essa pergunta me referindo a acontecimentos específicos que nos encorajaram a nos organizarmos. Acontecimentos como a gerência voltando atrás nas promessas de pagar o bônus, ou a vez em que um cliente morreu e nós mandaram continuar trabalhando (os outros clientes andavam em volta do corpo). Mas como esses acontecimentos dificilmente se repetirão e como, de qualquer forma, eles não geram necessariamente, ou sequer logicamente, motivação para nos organizarmos, eu tentarei responder de forma diferente. A demografia do nosso lugar de trabalho era provavelmente favorável para a organização; eram principalmente estudantes ou que tinham acabado de sair da escola, garotos que ainda não haviam sido completamente socializados em seus papéis produtivos. Também havia estudantes universitários que lutavam para levantar da cama, e trabalhadores com baixa qualificação, muitos dos quais estavam acostumados a mudar de emprego constantemente. Ninguém trabalhava lá “por escolha” ou achava que era “um bom trabalho”.

Teria sido bem mais difícil começar algo igual em outro McDonald’s. Por exemplo, no auge da nossa luta eu tive o privilégio de conversar com trabalhadores se organizando numa loja em Londres e eles eram principalmente imigrantes recentes, muitos deles ilegais. Obviamente que teria restrições severas no seu potencial organizativo.

Outra coisa que nos ajudou a começar foi que, antes de qualquer organização explícita, os trabalhadores no nosso restaurante tinham laços sociais fortes. Todo mundo ia ao bar no dia do pagamento e muitos de nós nos tornamos amigos ou namoramos. Então, quando alguém disse “devíamos realmente fazer algo sobre isso”, não pareceu tão louco quando poderia parecer, e a rebelião se espalhou pelo nosso pequeno mundo incestuoso como uma doença venérea.

Outro fato importante foi que aqueles que formaram o núcleo do MWR eram os melhores e mais experientes trabalhadores do restaurante (no McDonald’s você pode ser um trabalhador experiente depois de mais ou menos uma semana). Trata-se de um negócio de alta pressão, que opera com custos laborais muito restritos. A pressão é repassada para os níveis inferiores da hierarquia, de modo que os nossos gerentes imediatos frequentemente dependiam de nós para manter seus chefes felizes. Isso ajudou a criar um certo espaço.

Eu suponho que o ponto crucial é um pouco axiomático: nós começamos por causa da agitação de pessoas que eram respeitadas no seu lugar de trabalho. Essa é provavelmente uma precondição para todo movimento de trabalhadores que já aconteceu ou acontecerá. E nenhum teorização marxista vai mudar isso.

L: Por que simplesmente não entraram em um sindicato?

F: Nunca foi uma opção para nós. Você poderia muito bem perguntar por que não voamos para o Olimpo e exigimos que Zeus punisse a companhia com um terrível dilúvio.

Durante o julgamento McLibel, a alta corte [supremo tribunal] descreveu o McDonald’s como “antipático” em relação aos sindicatos; isso é como descrever Ed Gein como um mau vizinho. Eles já usaram testes poligráficos para detectar simpatias sindicais, já foram condenados por assédio ilegal de organizadores sindicais em numerosas ocasiões e já fecharam restaurantes inteiros quando trabalhadores ameaçaram se organizar. Nunca houve um McDonald’s sindicalizado com sucesso em todo o mundo anglofônico. Nós até tentamos inicialmente – coletamos quarenta assinaturas de mais ou menos 60 trabalhadores – mas a rotatividade é tão alta que essa tática não é realista.

Claro, na medida em que aprendemos mais sobre os sindicatos e convivemos com eles, percebemos outras razões pelas quais não era uma via desejável para a nossa luta. Mas a abordagem de “O que está errado com os sindicatos” falha o alvo. Por razões econômicas os sindicatos não estão interessados em organizar locais de trabalho de baixa qualificação e alta rotatividade (eles costumavam chamar o McDonald’s de “buraco negro” organizativo) e a questão dos sindicatos é de relevância limitada para os trabalhadores de várias indústrias precarizadas.

Isso pode mudar – tivemos contato com a ala radical do trabalhismo (não no Reino Unido, mas de vários outros países estrangeiros) e existem pessoas que são comprometidas, idealistas e imaginativas. Nos compraram bebidas. Eles estavam interessados no que estávamos fazendo e em aprender novas táticas para organizar-se em locais de trabalho que os excluíam. Eles ainda podem desenvolver novas formas de luta e organizar com sucesso jovens trabalhadores. Obviamente, se o que queremos é uma luta baseada na ação direta, confrontacional e revolucionária, então esperaríamos que esse espaço fosse preenchido pela auto-organização libertária. Mas ela tem que começar de algum lugar e, além disso, será que podemos nos equiparar aos sindicatos quanto à criação de inovações e abertura a novas estratégias?

L: Que problemas vocês enfrentaram inicialmente e como os superaram?

F: Bem, sem uma proteção legal nossa posição era bastante precária. Nos primeiros dois anos, quando o grupo existia em apenas um restaurante, tivemos sucesso em diminuir o ritmo do trabalho, garantir que os bônus fossem pagos, nos opor à vitimização, etc. Mas qualquer luta aberta teria como resultado que todos nós fossem imediatamente despedidos. Logo se tornou óbvio que para levar as coisas adiante nós teríamos que organizar a força de trabalho como um todo. Nesse ponto eu suponho que mudamos de um grupo prático para um grupo ideológico. Por isso eu quero dizer que a tarefa que enfrentávamos era tal que o esforço colocado na organização dificilmente seria recompensado por qualquer ganho material.

Isso não nos desanimou.

L: Que problemas permaneceram até o fim?

F: Por razões que já mencionei, nós tínhamos que nos organizar anonimamente e operar como um grupo clandestino. Isso significou que éramos relutantes em falar em público, ser fotografados, encontrar jornalistas ou fazer entrevistas televisivas. Havia meios de contornar esses problemas: quando íamos falar em encontros ou pedíamos que não houvesse fotos ou vestíamos máscaras. Da mesma forma, concordamos em dar uma entrevista para a BBC, com o entendimento de que os nossos rostos seriam cobertos (nossa participação no show foi cortada pela produtora [a mulher de Tim Henman, aparentemente] antes da entrevista sequer ser filmada). Mas o principal problema era que a nossa organização mais ampla sempre foi infiltrada e não conhecíamos a maioria das pessoas envolvidas. Nunca pudemos organizar algo como uma conferência. Claro, o nosso anonimato se tornou meio que um jogo. Quando soubemos que eles estavam nos procurando e que a nossa presença entre os seus empregados era uma fonte de embaraço para eles, era importante ser o mais esquivo possível. Acho que começamos a nos sentir como Zorro ou Pimpinela Escarlate ou algo assim. Costumávamos mandar comunicados provocativos para eles de tempo em tempo. As máscaras também eram importantes porque, tirando eu, o pessoal do MWR era feio pra caralho!

L: Quando que as coisas começaram a deslanchar?

F: Produzimos a primeira edição da nossa revista  e fizemos uma declaração pública por meio do site McSpotlight em Outubro de 2000. Lançamos o nosso próprio site em 2001 e no fim desse ano tínhamos contato com uma rede de trabalhadores do McDonald’s cada vez maior.

L: Poderia descrever a composição e as atividades do MWR no seu auge?

Tínhamos cerca de 20 grupos no Reino Unido. Alguns deles podem ter sido uma ou duas pessoas, mas pelo menos um envolveu trabalhadores de vários estabelecimentos em uma cidade. Alguns destes grupos eram muito ativos na produção de seus próprios panfletos e sites. Houve também vários grupos na Austrália e meia dúzia na América do Norte. Também tínhamos uma lista de contatos extensa. Ficava guardada em todos aqueles endereços yahoo diferentes e o Yahoo deixava você enviar apenas 100 e-mails por hora, então para mandar uma mensagem para a lista toda demorava um dia inteiro. No final de 2002, no entanto, a influência do MWR na força de trabalho cresceu exponencialmente. No começo de 2003, alguns de nós que ainda estavam envolvidos com o grupo original tinham se mudado e estavam trabalhando em um McDonald’s fora da Escócia. Não admitimos para nossos colegas que conhecíamos o MWR e tivemos que ouvir eles recitando as piadas que tínhamos escrito. Na verdade, acho que ficamos irritados com isso. Mas o fato sugere que a nossa influência era substancial. Influência talvez não seja a palavra certa, o nosso perfil talvez.

L:Conseguiram organizar alguma greve?

F: O ponto alto do nosso esforço organizativo foi em 16 de outubro de 2002. Algo do que aconteceu nesse dia está documentado em http://www.reocities.com/globaldayofaction.htm. Alguns dos relatos que recebemos se revelaram imprecisos, mas por quatro anos isso não pareceu tão importante. Foi massivo, foi bem maior do que esperávamos e eu, pelo menos, me deixei levar totalmente. Eu realmente não pensava que qualquer coisa ia acontecer, mas quando olhei o e-mail aquela manhã, havia todos aqueles relatos vindo da Austrália. Foi uma época muito excitante. Além do que, era realmente sabotagem ativa, vários problemas técnicos e exemplos normais de incompetência foram atribuídos à mão invisível da resistência! Outros acontecimentos foram, digamos, menos bem-sucedidos. E claro, 16 de outubro foi um sucesso apenas simbólico.

L: Já pensaram em abordar rivais como o Burguer King para conseguir financiamento?

F: Ah! Não. Você quer dizer com máscaras e bananas sob os nossos pulôveres? Alguns de nós já tínhamos trabalhado para os outros restaurantes fast food e não gostávamos deles da mesma forma.

L: Quando as coisas começaram a decrescer?

F: Elas não começaram a decrescer – despencaram! Foi no fim de 2003.

L: E por quê?

F: Bem, eu aludi alguns dos erros táticos que fizemos e que estavam relacionados com o declínio do grupo inicial de Glasgow. Em 2003 eu acho que só três de nós ainda estavam trabalhando no McDonald’s e, por causa do problema da clandestinidade, não conseguíamos fazer com que novas pessoas participassem. Ficamos mais velhos, menos em contato com o conjunto dos trabalhadores e as nossas comunicações não se conectavam mais na extensão em que já tinham conectado. E simplesmente ficamos cansados – você deve saber o quanto de trabalho esse tipo de coisa dá. Era ótimo que tantos empregados nos contatavam, mas também significava horas de trabalho respondendo a e-mails. Além disso, nós havíamos trabalhado no McDonald’s por seis, sete anos. É muito tempo. Era hora de parar e tentamos escrever nosso necrológio.

E é claro que queríamos passar o trabalho organizativo para alguns outros grupos (na verdade, havíamos tentado fazer os trabalhadores contatarem um grupo mais próximo do seu local ao invés de nós, por anos), mas muitos deles haviam declinado em 2003. E, também, você sabe como essas coisas são; se você e todos os outros colaboradores saíssem do Libcom, quanto tempo duraria? Você teria Revol e Gangster fazendo ele funcionar, seria como o Senhor das Moscas.

L: É, tudo bem.

F: Então, fiquei muito chateado com o jeito como acabou e senti como se tivéssemos apenas perdido nosso tempo. Mas agora, com alguns anos de distância, posso ver que… na falta de lutas mais amplas, uma iniciativa como aquela sempre vai ser apenas um experimento, eu acho.

L: Enquanto ainda estavam ativos, vocês conseguiram bastante cobertura positiva da mídia – gostaria de contar alguma experiência com a mídia?

F: No início nós realmente conseguimos alguma cobertura positiva, mas depois alguma coisa mudou e nunca mais falaram de nós. Em 2002 fizemos muitas entrevistas e elas nunca foram usadas. Talvez porque o material era muito chato ou talvez porque o McDonald’s estava exercendo pressão, não sei. Também conseguimos alguma cobertura de rádio em outros países, mas não no Reino Unido. Quanto à mídia impressa, entrar no The Face foi bem legal. E no Loaded 9  nós ficamos espremidos entre a Kate Moss e a Carmen Electra, coisa que dificilmente eu conseguirei dizer novamente.

L: O seu website também foi muito importante para vocês; algum pensamento sobre ele e a internet em geral?

F: Ela permite um nível de organização e contato que teria sido proibitivamente caro para as gerações passadas. Isso pode ser uma grande ajuda e eu acho que o potencial para a organização dos trabalhadores da internet é enorme – as estruturas estão sendo criadas por pessoas que não são necessariamente politizadas. Sites do tipo de http://pissedoffwaitress.com ainda podem se tornar estruturas para luta coletiva.

Claro, também há um perigo. É possível confundir a rede com organização. Esse é outro problema que eu não mencionei sobre o MWR. Se você tem milhares de contatos mas nenhum deles é capaz de criar uma estrutura no seu lugar de trabalho, então você tem mil vezes zero. Não tem nada. Agora, não estou sugerindo que esse era necessariamente o caso com o MWR, penso que houve algumas tentativas inspiradoras e corajosas de criar estruturas de resistência entre os trabalhadores. Mas se trata de um problema existente nas formas contemporâneas de organização. As pessoas querem sentir que estão chegando em algum lugar e, na ausência de estruturas práticas, criam redes. E com a internet você pode ter uma rede de qualquer coisa. Você pode ter uma rede de… assistentes de lavanderia. Você pode achar umas dúzias de assistentes de lavanderia com simpatias anarquistas, um em Helsinki e um em Nova York e deve ter pelo menos um em Hackney… e tem um sentimento de que está progredindo. Mas é ilusório, porque cinco milhões de nadas vezes nada ainda é nada.

Não estou desconsiderando essas redes, elas podem ser muito úteis (e eu acho que o MWR era) mas elas são úteis apenas na medida em que estão focadas em criar estruturas autônomas entre pessoas que tenham interações cotidianas. Estruturas autônomas entre pessoas que tenham interações cotidianas, é isso.

L: E a sua revista, a McSues?

F: Foi muito divertida e especialmente importante nos primeiros dias em que o acesso à rede ainda era um pouco restrito economicamente. Tivemos sorte de ter apoiadores que tomaram a iniciativa de distribuir a primeira edição através dos balcões. Esse talvez não tenha sido o melhor uso daquela publicação. Eu acho que esse uso veio por si mesmo quando já tínhamos uma rede de contatos e podíamos mandar pacotes para serem distribuídos por correio, escondidos em armários, enfiados em bolsos de casacos.

L: E o humor que vocês costumavam usar?

F: Pois é, o que aconteceu com ele? Essa entrevista está mais seca que a sua mãe… não, meu Deus!, nem tudo era de alto nível. Eu ficaria horrorizado de pensar que a preocupação com piadas de pedofilia persiste nos círculos libertários…

L: O Grupo MWR não tentaria realmente insinuar que Ronald McDonald era um pedófilo, tentaria?

F: «Da segunda edição da McSues:
O diário secreto de Ronald McDonald, Um Palhaço Muito Safado!
Segunda-Feira
Fiquei bêbado e vomitei minhas tripas
Terça
Me pediram pra matraquear na frente das câmeras hoje. Eu não queria ficar lá me fazendo de palhaço e desperdiçar um precioso tempo de bebida, mas McDonalds me explicou que eles queriam que as crianças de dois anos me amassem e comprassem a comida de merda do McDonalds. Tudo bem, qualquer coisa que faça os garotinhos gostarem de mim. Eu estava fumado depois disso e era hora de cama. Sempre é hora de cama quando a mãozona pega na mãozinha.
Quarta Feira
Eu sei que eu emplasto a minha cara de maquiagem, mas por que caralho eu tenho um pinto amarelo?
Quinta-Feira
Gastei o dia assistindo a filmes, cheirando e devorando pré-adolescentes.
Sexta-Feira
Visitei um McDonalds e assustei crianças com um balão no formato de um pinto amarelo gigante. Às vezes eu me assusto.
Sábado
Transei com uma galinha

Estranhamente, esses artigos causavam ofensa. Tivemos que pensar alguma justificativa retrospectiva, algo sobre subverter a imagem da corporação ou coisa assim. Piadas de pedofilia provavelmente foram o nosso único legado para o movimento revolucionário…

Mas, sério, as pessoas precisam ler o negócio e ver que não é tão… tão carrancudo pra caralho como algumas coisas que são produzidas. E aquele tipo de humor era apenas as piadas que fazíamos no trabalho. Quer dizer, eram coisas que só funcionariam naquele meio. Se você quisesse organizar acadêmicos de um departamento de literatura inglesa faria algo muito diferente, não faria? Provavelmente usaria citações de… Terry Eagleton ou alguém assim. Você tentaria operar dentro do discurso do lugar de trabalho. É por isso que eu não entendo o hábito de produzir panfletos para o público, sabe? Faça com que seja específico. Eu sugeriria que um panfleto para trabalhadores da comida não é de muita utilidade. Um panfleto para padeiros é melhor. Um panfleto para a sua padaria é melhor ainda. E um panfleto para a sua padaria sobre o último procedimento que começou naquela semana? Bem, aí pode-se estar chegando em algum lugar. Eu não sei se você concordaria com isso?

L: Eu concordo que quanto mais específico melhor, mas também acho que há espaço para materiais mais gerais e de alcance mais amplo. O que você acha do novo panfleto Pela Abolição dos Restaurantes, por exemplo?

F: Isso, exatamente, eu acho que esse panfleto é muito bom. Acho que é excelente. A análise é boa, claro, mas é a especificidade que o faz significativo. Está no nível de panfleto para padeiros e eu não acho que poderia ser feito muito melhor. Claro, não tem a intenção de criar estruturas de luta (ou grupos de trabalho, como eles chamariam); esse é o desafio que o texto coloca para as pessoas que produziram o panfleto e as que este pode inspirar. Essas estruturas, esses grupos de trabalho, só podem ser criados por trabalhadores que são respeitados. E quando se comunicarem, seja por escrito ou pela fala, terão que lidar com especificidades.

Traduzido por Grouxo Marxista para o Passa Palavra.
Versão original aquihttp://libcom.org/library/interview-with-mcdonalds-workers-resistance.

McDonald’s: lições de uma luta (Parte II)

1 COMENTÁRIO

  1. “É possível confundir a rede com organização. Se você tem milhares de contatos mas nenhum deles é capaz de criar uma estrutura no seu lugar de trabalho, então você tem mil vezes zero.”

    Muito boa a entrevista. Por sinal, que frase importante!

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