São Paulo, 05 de fevereiro de 2013

O DCE-Livre da USP vem a público repudiar a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo à Justiça no dia 5 de fevereiro, que acusa os 72 estudantes, que foram detidos durante a violenta reintegração de posse do prédio da reitoria em 2011, de danos ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial e formação de quadrilha.

Além disso, também repudia as declarações da promotora Eliana Passarelli, autora da denúncia, à imprensa que chama os estudantes de bandidos e criminosos.

Na nossa opinião, a intenção de criminalizar esses estudantes é um ataque ao movimento estudantil e aos movimentos sociais de conjunto, que possuem o direito democrático de livre expressão e manifestação.

Um dos principais problemas existentes hoje na USP é a falta de democracia na gestão da universidade, expressa hoje pelo atual reitor João Grandino Rodas. O convênio assinado com a polícia militar não foi em nenhum momento debatido junto à comunidade universitária e não solucionou o problema da falta de segurança que até hoje permanece dentro da Cidade Universitária.

Por isso, em setembro de 2012, o DCE-Livre da USP realizou um ato público na Faculdade de Direito da USP contra a criminalização dos estudantes e em defesa da democratização da universidade, que contou com a presença do senador Eduardo Suplicy, do deputado estadual Carlos Gianazzi e do jurista Fábio Konder Comparato, além de diversos movimentos sociais.

Lutar por democracia e diálogo não é crime. O DCE-Livre da USP se posiciona contrário a qualquer tipo de punição a esses estudantes e convoca os demais alunos a seguirem na luta pela democratização da universidade.

DCE-Livre da USP – Gestão Não Vou Me Adaptar

2 COMENTÁRIOS

  1. Esse DCE é a gestão das notas de repúdio.

    E pelo menos podiam ser notas com conteúdo, com desenvolvimento e articulação de ideias, mas nem isso. É uma costura de bordões e palavras de ordem. Aí dá pra entender porque é tão superficial o discurso-feito dos militantes da base da atual gestão: o dos dirigentes não é muito melhor.

    Mas felizmente foi organizado um debate (ops, ato) numa sala da Faculdade de Direito em 2012! Agora temos perspectivas de triunfar.

  2. Mentira: nem só de notas de repúdio vive a atual gestão do DCE.

    O comentador acima – provavelmente um colaborador de alguma chapa da oposição, talvez a direita, ou pior, aquela outra chapa hegemonizada pelos governistas – esquece que a gestão MES/PSTU tomou uma medida concreta contra mais esse ataque à democracia na universidade. Para quem não viu, já está circulando um abaixo-assinado virtual no Facebook! E não é o primeiro: no ano passado também teve um abaixo-assinado contra o corte de linhas no campus.

    Muito mais eficientes do que greves, passeatas ou ocupações, os abaixo-assinados são um instrumento de ação direta historicamente fundamental da luta dos trabalhadores.

    O comentador acima também tenta diminuir a importância política do debate organizado no Direito, esquecendo que nele tivemos a ilustre presença do deputado estadual Carlos Gianazzi que é, no mais modesto julgamento, uma liderança proletária revolucionária.

    Rodas deve estar tremendo de medo.

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